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"Estado é laico, mas ele é cristão", diz Bolsonaro na Marcha para Jesus

Ao lado de Marco Feliciano de de Bruno Covas, Bolsonaro disse que é "o 1º presidente a cumprir as promessas de campanha"

Jair Bolsonaro: presidente participou da Marcha para Jesus nesta quinta (20) (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

Jair Bolsonaro: presidente participou da Marcha para Jesus nesta quinta (20) (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 20 de junho de 2019 às 16h10.

Última atualização em 20 de junho de 2019 às 16h37.

São Paulo - O presidente Jair Bolsonaro marcou presença na 27ª Marcha para Jesus desta quinta-feira (20), em São Paulo. Essa é a primeira vez que um presidente participa do evento, que acontece desde 1993.

A chegada de Bolsonaro estava esperada para às 15h da tarde (horário de Brasília). O presidente chegou à marcha às 14h50 e ficou atrás do palco, esperando o momento de seu discurso.

Às 15h30, o presidente subiu ao palco ao lado do deputado federal Marco Feliciano (Podemos-SP) e do prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB), que foi vaiado no momento que começou a discursar. "Quando o justo governa, o povo se alegra", disse Feliciano. O parlamentar também afirmou que "chegará um tempo no qual o Brasil terá orgulho de ouvir a voz do País" e que o presidente começará sua fala "pregando as palavras de Deus".

Depois de Feliciano, Covas afirmou que "tem orgulho de fazer essa marcha maravilhosa para mostrar para o mundo e para o Brasil o quanto os políticos respeitam a nação evangélica". "A cidade de São Paulo celebra a diversidade religiosa", afirmou o prefeito.

Bolsonaro, o último político a falar, começou seu discurso sendo aclamado pelos evangélicos presentes no evento. "É muito bom estar entre amigos, ainda mais quando esses amigos têm Deus no coração", disse. "Muito obrigado pelo convite, ano passado eu lhes disse 'se Deus quiser estarei ano que vem nessa marcha como presidente da República do Brasil'", continuou. "Agora, sou um presidente que diz que o Estado é laico, mas ele é cristão."

O presidente agradeceu a Deus por ter lhe dado "a vida pela segunda vez" após a facada quando ainda era candidato e agradeceu aos fiéis pelas "orações nos momentos difíceis". "Todos sabem que o nosso país tem problemas seríssimos de moral e de economia, mas nós entendemos que podemos reverter isso. Um país que tem Deus acima de tudo, tem tudo para dar certo", afirmou.

Em outro momento, Bolsonaro afirmou que, mais do que amigos, agora se sentia "irmão" dos evangélicos que o apoiou durante as eleições. "Temos um presidente que pela primeira vez na história do Brasil está cumprindo o que prometeu na campanha", disse. "E ano que vem, se for a vontade de Deus, estarei aqui sim."

Ao final de seu discurso, o presidente pediu para que os fiéis mandassem um abraço para Michelle Bolsonaro e repetiu o slogan de campanha "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos", repetido pela plateia.

Mais cedo, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também foi à marcha e participou de um trio elétrico da Igreja Renascer ao lado da esposa, Bia Doria.

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