Os detalhes do depoimento coincidem com o que o filho de Eike Batista relatou em uma conta de Twitter (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2012 às 10h58.
Rio de Janeiro - No depoimento prestado à Polícia Civil, o estudante Thor Batista, de 20 anos, filho do empresário Eike Batista e da ex-modelo Luma de Oliveira, reconstitui os últimos momentos da viagem de Itaipava para o Rio, até o atropelamento que matou o ajudante de caminhoneiro Wanderson Pereira dos Santos, de 30 anos. Segundo o relato feito por Thor na 61ª DP (Xerém), logo depois da colisão foi encontrado sobre o parabrisa do Mercedes-Benz McLaren uma lata de cerveja, “provavelmente da vítima”, diz a transcrição do depoimento, à qual o site de Veja teve acesso.
Segundo o estudante, o choque do Mercedes-Benz contra o corpo e a bicicleta do ajudante de caminhoneiro se deu por volta das 19h30. Thor afirmou que momentos antes do acidente encontrava-se na faixa da esquerda, e que havia acabado de ultrapassar um veículo. “Estava com todos os faróis ligados, pois não existe iluminação naquele trecho da via”, afirmou. O rapaz contou que estava a 100 km/h e que, naquele trecho, por saber da existência de ciclistas, tirou um pouco o pé do acelerador.
Os detalhes do depoimento coincidem com o que Thor relatou em uma conta de Twitter, criada na noite de segunda-feira. Um dos detalhes do acidente ainda está para ser esclarecido. Thor afirmou que Wanderson e a bicicleta estavam na faixa de rolamento dos carros. O delegado titular da 61ª DP, Mário Roberto Arruda, afirmou que os policiais que foram ao local viram marcas de frenagem no centro da pista, mas que esta informação só será confirmada dentro de 15 ou 20 dias, quando ficará pronto o laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli.
Thor nega que estivesse acima dos limites de velocidade e afirma que Wanderson atravessou a pista inadvertidamente, o que não deu a ele tempo de parar o carro. Thor acumulou 51 pontos na carteira em 18 meses.