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NYT: Dilma tenta reagrupar governo e Lula age nos bastidores

A presidente luta para conseguir apoio para propostas mais duras do ajuste enquanto tem que lidar com os pedidos para sua saída do governo, ressalta o jornal


	Dilma: Times estaca que a presidente Dilma está "sob ataque" por pedidos de impeachment
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma: Times estaca que a presidente Dilma está "sob ataque" por pedidos de impeachment (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2015 às 15h28.

Nova York - Em uma luta para conseguir reagrupar um governo fragmentado e prosseguir com o ajuste fiscal, a presidente Dilma Rousseff deu novos passos em direção à austeridade ao reduzir o número de ministérios e cortar seu próprio salário e o de ministros, afirma o The New York Times em uma reportagem publicada na edição deste sábado, 3.

O jornal norte-americano destaca ainda que o "poderoso" ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva agiu nos bastidores da reforma ministerial.

As medidas anunciadas na sexta-feira, 2, ocorrem em meio a um esforço de Dilma para conseguir apoio para propostas mais duras para o ajuste fiscal. Ao mesmo tempo, a presidente tem que lidar com pedidos para sua saída do governo, destaca o jornal dos Estados Unidos.

A reforma ministerial aumenta o poder do PMDB e Dilma pode conseguir recuperar alguma influência, de acordo com a reportagem. Em sua atuação nos bastidores, Lula conseguiu emplacar Jaques Wagner na Casa Civil.

O jornal dos EUA destaca que a presidente Dilma está "sob ataque" por pedidos de impeachment influenciados pelas denúncias de corrupção envolvendo seu partido, o PT, no escândalo da Petrobras.

"A posição de Dilma em Brasília pode também ser reforçada", destaca o Times, destacando que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi colocado "na defensiva" após autoridades da Suíça confirmarem a existência de contas.

O jornal ressalta que a reforma ministerial anunciada por Dilma tem um caráter mais "simbólico", pois os problemas fiscais do país são muito maiores. O jornal cita ainda que outros presidentes na América Latina tomaram medidas similares e menciona o dirigente da Bolívia, Evo Morales, que cortou seu salário pela metade. A reportagem ressalta que Dilma cortou seu salário e dos ministros em 10% e a reduziu oito ministérios.

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