(Bruno Kelly/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de outubro de 2017 às 16h47.
Rio - Preso desde a última quinta-feira no Rio, suspeito de comprar votos para que a cidade do Rio de Janeiro fosse escolhida a sede dos Jogos Olímpicos de 2016, Carlos Arthur Nuzman, então presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), enviou na sexta-feira uma carta, confeccionada dentro da cadeia, à cúpula da entidade solicitando o seu afastamento do cargo.
Em seu site oficial, o COB convocou uma Assembleia Geral Extraordinária que será realizada nesta quarta-feira, na sede da entidade no Rio. Os itens a serem discutidos com representantes de confederações esportivas são a punição do Comitê Olímpico Internacional ao COB, que congelou a verba repassada à entidade brasileira, e a agora carta de afastamento de Carlos Arthur Nuzman.
É provável que a licença de Carlos Arthur Nuzman como presidente do COB evolua para uma renúncia. Desde que ele foi preso, o vice-presidente Paulo Wanderley Teixeira assumiu o comando da instituição e deve continuar no cargo por ora. O COI exigiu que o COB afastasse Nuzman de suas funções mesmo que a sua prisão seja temporária, de cinco dias, com possibilidade de ser mantida.
Carlos Arthur Nuzman, que está detido no Rio, também perdeu outros dois cargos que tinha junto ao COI como membro honorário da instituição e como integrante do comitê que coordena os Jogos Olímpicos de 2020, que serão realizado em Tóquio, no Japão.