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Nunes assina decreto que suspende aumento de radares de trânsito em São Paulo

Medida foi publicada no 'Diário Oficial' nesta quinta-feira, 11, e determina que qualquer mudança na quantidade dos dispositivos estará sujeita à análise prévia

Radares em SP: decreto de Nunes limita aumento dos dispositivos de trânsito (Cesar Ogata/Fotos Públicas)

Radares em SP: decreto de Nunes limita aumento dos dispositivos de trânsito (Cesar Ogata/Fotos Públicas)

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 11 de abril de 2024 às 15h39.

Última atualização em 11 de abril de 2024 às 17h05.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), emitiu um decreto que interrompe o aumento no número de radares de trânsito na cidade.

Publicado no Diário Oficial desta quinta-feira, 11, o decreto estipula que "é proibido aumentar o número de radares de trânsito no município de São Paulo". A partir de agora, qualquer alteração na quantidade de radares está sujeita a "uma análise prévia dos critérios técnicos, da viabilidade operacional e da necessidade comprovada de segurança viária".

De acordo com um painel de monitoramento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), existem 877 radares de fiscalização de trânsito em toda a cidade.

O decreto foi emitido poucos dias após a CET anunciar que começaria "a implantação e substituição dos equipamentos de fiscalização eletrônica existentes na cidade". A empresa também anunciou nesta semana em seu site que planejava contar com pelo menos 1.538 pontos de fiscalização eletrônica nos 20 mil km de vias da cidade, estabelecidos por meio de nove contratos.

Nunes também afirmou que o número de radares permanecerá como está atualmente e que qualquer mudança só será realizada após análises técnicas, segundo o jornal Folha de S.Paulo.

"O radar só é e só será colocado se tiver tecnicamente uma justificativa importante para a questão da segurança do trânsito. O decreto diz que a gente vai manter os radares que tem e que vai potencializar as ações de conscientização e que resultem na diminuição de acidentes e de óbitos, como a Faixa Azul", declarou o prefeito. "Nossa diretriz é que a gente tenha os radares para inibir a velocidade alta, infração. A gente não vai usar radar como mecanismo de arrecadação".

Segundo o decreto de Nunes, na política de segurança no trânsito da cidade, "devem ser priorizados projetos e inovações voltados para a mobilidade e tráfego, como o Programa Faixa Azul, Programa Áreas Calmas e Programa Cicloviário".

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