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Número de vítimas da homofobia quase triplicou em 2012

A quantidade de denúncias recebidas pela pasta teve um aumento de 166% no mesmo período, passando de 1.159 em 2011 para 3.084 em 2012


	"Este é um instrumentos fundamental para o enfrentamento à violação e promoção dos direitos LGBT", destacou coordenador-geral de Promoção dos Direitos LGBT, Gustavo Bernardes
 (Paulo Whitaker/Reuters)

"Este é um instrumentos fundamental para o enfrentamento à violação e promoção dos direitos LGBT", destacou coordenador-geral de Promoção dos Direitos LGBT, Gustavo Bernardes (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2013 às 16h25.

São Paulo - O número de vítimas de homofobia quase triplicou no último ano, com um aumento de 183% em relação a 2011.

Um relatório divulgado nesta quinta-feira, 27, pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) mostra que 4.851 pessoas sofreram alguma forma de violência homofóbica em 2012, contra 1.713 em 2011.

A quantidade de denúncias recebidas pela pasta teve um aumento de 166% no mesmo período, passando de 1.159 em 2011 para 3.084 em 2012, apontando 9.928 violações contra os direitos da população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, um aumento de 46,6% sobre 2011.

Ainda segundo a pesquisa, cada uma das vítimas sofreu, ao menos, três formas de violência.

Como essa é a segunda edição do "Relatório Sobre Violência Homofóbica", a comparação dos dados sobre as agressões contra a população LGBT é inédita no país. "Este é um instrumentos fundamental para o enfrentamento à violação e promoção dos direitos LGBT", destacou coordenador-geral de Promoção dos Direitos LGBT, Gustavo Bernardes.

O relatório é feito com base nas denúncias ao Disque Direitos Humanos (Disque 100). Em 2012, as denúncias mais comuns foram, nessa ordem: violência psicológica, discriminação e violência física. Ao contrário do que aconteceu em 2011, quando a maior parte das denúncias (41,9%) partiu das próprias vítimas, no ano passado, em mais de 71% dos casos, os denunciantes sequer conheciam as pessoas agredidas.

Pessoas do sexo masculino, entre 15 e 29 anos, são as que mais sofreram alguma forma de violência homofóbica, segundo o relatório, e 60% dos homens agredidos se declararam gays. O relatório não discriminou o sexo dos suspeitos agressores, mas mais da metade deles conhecia a vítima.

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