Brasil

Número de presos capacitados no Rio aumentou 34% em 2010

Estado capacitou 10,6 mil presos no ano para profissões como pedreiro, costureira e cabeleireiro

Segundo o governo do Rio, 6 mil presos que deixaram a cadeia conseguiram emprego (Andrew Bardwell/Wikimedia Commons)

Segundo o governo do Rio, 6 mil presos que deixaram a cadeia conseguiram emprego (Andrew Bardwell/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2012 às 13h16.

Rio de Janeiro - O Rio de Janeiro capacitou profissionalmente 10,6 mil presos no ano passado. O número representa um terço do total de detentos do sistema penitenciários fluminense e é 34% maior do que o registrado no ano anterior, quando 7,9 mil presos foram capacitados.

Segundo o secretário estadual de Administração Penitenciária, César Rubens Monteiro, o aumento é reflexo da decisão de oferecer mais cursos voltados a ofícios autônomos, como as atividades de pedreiro, costureira ou cabeleireiro. Isso porque, de acordo com o secretário, ex-presidiários encontram dificuldades em entrar no mercado formal de trabalho.

“Todo mundo sabe que quando um empregador tem que escolher entre alguém que não passou pelo sistema penitenciário e alguém que passou pelo sistema, ele vai optar por aquele que não teve passagem pelo sistema. Então começamos a desenvolver atividades em que ele não tivesse, necessariamente, que passar pelo crivo de um empregador”, disse.

Há, no entanto, casos de empresas – como o Estaleiro Mclaren Oil – que optaram por fazer uma parceria com a secretaria e contratar ex-detentos qualificados para atividades como soldagem e pintura naval. “O custo de formação desse profissional é muito alto. Então, o empregador acaba pensando em contratar o ex-preso, para não ter que arcar com o custo da formação”, disse.

Segundo a secretaria, como não há vagas para todos os detentos, nos cursos de formação, é preciso fazer uma seleção e escolher aqueles de melhor comportamento ou aqueles que se encaixam melhor no perfil do curso.

No ano passado, dos 8,5 mil presos que deixaram o sistema penitenciário, 6 mil conseguiram ingressar no mercado de trabalho, de acordo com dados da secretaria.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasCursosMetrópoles globaisPrisõesRio de Janeiro

Mais de Brasil

STF pode rediscutir compensação da desoneração da folha, diz Haddad

Lula confirma Pedro Lucas como novo ministro das Comunicações após indicação do União Brasil

Revisão da vida toda do INSS: aposentados que receberam a mais não precisarão devolver valores

Haddad: Fazenda ainda não estuda ampliação de isenção de conta de luz