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Número de mortes por febre amarela no Rio chega a 13

Em 2018, 34 pessoas já contraíram a doença no estado. A principal preocupação das autoridades da área de saúde é o município de Valença

Febre amarela: a febre amarela é causada por um vírus da família Flaviviridae e atinge seres humanos e macacos (James Gatany/Wikimedia Commons)

Febre amarela: a febre amarela é causada por um vírus da família Flaviviridae e atinge seres humanos e macacos (James Gatany/Wikimedia Commons)

AB

Agência Brasil

Publicado em 1 de fevereiro de 2018 às 21h28.

Mais uma pessoa morreu de febre amarela no município de Rio das Flores, elevando para 13 o número de óbitos causados pela doença este ano no estado do Rio de Janeiro. A informação consta do boletim epidemiológico divulgado na noite desta quinta-feira (1º) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ).

As mortes ocorreram em oito municípios: Valença (4); Teresópolis (2); Rio das Flores (2); Nova Friburgo (1); Miguel Pereira (1); Cantagalo (1); Paraíba do Sul (1) e Sumidouro (1). Os dados levam em consideração o local de provável infecção.

Em 2018, 34 pessoas já contraíram a doença no estado. A principal preocupação das autoridades da área de saúde é o município de Valença, que concentra 41,1% dos registros. Até o momento, a doença fez 14 vítimas na cidade, das quais quatro morreram.

A febre amarela é causada por um vírus da família Flaviviridae e atinge seres humanos e macacos. No meio rural e silvestre, a doença é transmitida pelo mosquitos Haemagogus e Sabethes. Em área urbana, o vetor é o Aedes aegypti, o mesmo da dengue, zika e chikungunya. No entanto, desde 1942, não há registro de febre amarela urbana no Brasil. A principal medida de combate à doença é a vacinação, que é ofertada gratuitamente à população no Sistema Único de Saúde (SUS).

Macacos

O número de macacos encontrados mortos no estado do Rio que tiveram diagnóstico confirmado para febre amarela permanece inalterado. Apenas um animal, localizado em Niterói, seguramente havia contraído a doença.

Por outro lado, o número de animais mortos por ataques humanos vem levando órgãos ambientais a empreender campanhas para esclarecer que macacos não transmitem a febre amarela. Os macacos são, na verdade, aliados que ajudam a mapear a doença. Nos animais, a infecção dura entre três e cinco dias e, após esse período, eles morrem ou se tornam imunes. Por esta razão, as agressões atingem geralmente macacos sadios.

A Linha Verde, programa do Disque-Denúncia específico para delatar crimes ambientais no Rio de Janeiro, disponibilizou os telefones 2253-1177 (para chamadas na capital) e 0300-253-1177 (interior do estado, custo de ligação local) para receber denúncias. De acordo com a legislação ambiental, matar animal silvestre é crime, e o autor pode ser condenado a pena que vai de seis meses a um ano de detenção, além de multa.

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