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Número de casos suspeitos de febre amarela quintuplica em MG

A velocidade de expansão das mortes relacionadas à infecção também é expressiva: já são 40 óbitos com suspeita de terem sido provocados pela doença

Febre amarela: ao todo, 21 municípios mineiros notificaram algum registro relacionado à febre amarela (Reprodução/Reprodução)

Febre amarela: ao todo, 21 municípios mineiros notificaram algum registro relacionado à febre amarela (Reprodução/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de janeiro de 2017 às 19h03.

Última atualização em 18 de janeiro de 2017 às 16h29.

Brasília - O número de casos suspeitos de febre amarela em Minas Gerais quintuplicou em três dias. Na tarde desta quinta-feira, 12, a Secretaria de Saúde do Estado informou haver 110 pacientes com sintomas da infecção.

Desse grupo, 20 já apresentam exames laboratoriais positivos para a doença e, por isso, são considerados como casos prováveis. Na segunda-feira, 9, o número de pacientes com suspeita de febre amarela era de 23.

A velocidade de expansão das mortes relacionadas à infecção também é expressiva. Agora, são 40 óbitos com suspeita de terem sido provocados pela doença.

Na segunda, a Secretaria de Saúde informava haver 14. Das 40 mortes, 10 já são consideradas prováveis de terem sido provocadas pelo vírus.

Elas ocorreram nas cidades de Piedade de Caratinga (3), Ladainha (3), Ubaporanga (1), Ipanema (1), Itambacuri (1) e Malacacheta (1).

Ao todo, 21 municípios mineiros notificaram algum registro relacionado à febre amarela: mortes e casos suspeitos entre humanos ou em macacos.

Equipes do Ministério da Saúde estão na região, para auxiliar técnicos locais nas ações de combate e contenção de casos. Entre as medidas adotadas estão a vacinação da população das áreas consideradas de risco.

A cobertura vacinal em Minas Gerais é considerada baixa. Cerca de 53% da população é vacinada contra febre amarela.

Uma nova reunião com Ministério da Saúde está prevista para esta sexta-feira, 13. A expansão dos casos em Minas deixou em alerta autoridades sanitárias de várias partes do País. Asuperintendente de Vigilância e Proteção à Saúde da Bahia, Ita Cunha afirmou ao Estado ter deslocado uma equipe de vigilância para áreas de fronteira com Minas e Goiás.

"Em Minas, em razão do aumento de casos entre a população. Em Goiás, em virtude dos registros de casos de mortes em macacos", explicou Ita.

Ela afirmou que a secretaria não descarta a possibilidade de ampliar a recomendação de vacinação contra febre amarela em municípios baianos, sobretudo nas regiões próximas de áreas de risco de outros Estados.

No Espírito Santo, a vigilância também está redobrada. Embora o Estado seja considerado fora de risco para febre amarela, foram notificadas mortes de 10 macacos, em duas cidades: Colatina (às margens do Rio Doce) e Ibatiba, na região serrana do Estado.

Não há ainda confirmação se as mortes estão relacionadas à febre amarela. Técnicos foram deslocados para a região para avaliar a situação.

Somente depois dos resultados, representantes da secretaria do Estado e integrantes do Ministério da Saúde vão definir se há necessidade de se passar a recomendar vacinação em áreas próximas.

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