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Número de casos confirmados de microcefalia sobe para 462

Desse total, a presença do vírus zika foi confirmada em 41 crianças


	Microcefalia: já foram notificados 91 óbitos de bebês com microcefalia, o que inclui morte pós-parto e aborto espontâneo
 (MZiello/Thinkstock)

Microcefalia: já foram notificados 91 óbitos de bebês com microcefalia, o que inclui morte pós-parto e aborto espontâneo (MZiello/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2016 às 17h53.

São Paulo e Brasília - O número de casos confirmados de microcefalia no Brasil aumentou de 404 para 462 nos últimos dez dias, segundo o novo boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira, 12.

Desse total, a presença do vírus zika foi confirmada em 41 crianças.

Outros 765 casos suspeitos de microcefalia foram descartados após análises mais criteriosas, ou por serem crianças sem a má-formação ou casos não relacionados a infecções por vírus ou bactérias.

Todos os números se referem ao período de 22 de outubro de 2015 a 6 de fevereiro deste ano, e incluem "outras alterações do sistema nervoso central", além da microcefalia.

Já foram notificados 91 óbitos de bebês com microcefalia, o que inclui morte pós-parto e aborto espontâneo. Desses, 24 foram investigados e confirmados e 8 foram descartados. Outros 59 seguem sendo estudados.

Ao todo, nesse período, 5.079 casos suspeitos de microcefalia foram notificados ao Ministério da Saúde. Pernambuco é o Estado com o maior número de casos confirmados de microcefalia com infecção por zika (33), seguido do Rio Grande do Norte (4) e Paraíba (2).

Mesmo nesses casos, não está excluída a possibilidade de a mãe da criança ter tido outras infecções capazes de causar danos ao sistema nervoso do feto.

Ou seja: não são casos em que o zika foi identificado como única causa possível da má-formação.

Os únicos Estados em que ainda não há qualquer suspeita são Amapá e Amazonas. A circulação autóctone do zika vírus está em 22 Estados brasileiros.

"Cabe esclarecer que o Ministério da Saúde está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central informados pelos Estados e a possível relação com o vírus zika e outras infecções congênitas", diz o boletim.

"A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos além do zika, como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes viral."

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