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Número de candidatos religiosos à Câmara cresce 54%

Levantamento nos registros da Justiça Eleitoral encontrou 108 postulantes à Câmara que buscam votos com "nomes para urna" que fazem menções a crenças religiosas


	Câmara: as bancadas religiosas, são maiores, integradas por parlamentares sem títulos religiosos
 (Divulgação/ Câmara/ Rodolfo Stuckert)

Câmara: as bancadas religiosas, são maiores, integradas por parlamentares sem títulos religiosos (Divulgação/ Câmara/ Rodolfo Stuckert)

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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2014 às 11h03.

Rio de Janeiro - O número de candidatos a deputado federal que se apresentam com títulos religiosos - padre, pastor, missionário, bispo e outros - cresceu 54% nas eleições de 2014 em comparação com o pleito de 2010.

Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo nos registros da Justiça Eleitoral encontrou 108 postulantes à Câmara que buscam votos com "nomes para urna" que fazem menções a crenças religiosas. Em 2010, foram 70.

Apenas candidaturas que constam como deferidas pela Justiça foram consideradas para essa comparação.

Em 2014, os postulantes a deputado federal com títulos religiosos são 1,87% dos 5.774 candidatos à Câmara cujas candidaturas foram oficializadas pelo Judiciário.

Também é um aumento em relação a 2010, quando essas candidaturas representaram 1,43% dos 4.903 concorrentes. Entre as duas proporções, o aumento foi de 30,7%.

Hoje, apenas cinco deputados se apresentam assim. Equivalem a 0,97% dos 513 integrantes da Casa. As bancadas religiosas, porém, são maiores. São integradas por parlamentares sem títulos religiosos.

Dos candidatos com nomes que se referem a religiões em 2014, pouco menos de 2/3 (71 - 65% do total) é formada por pastoras e pastores evangélicos. Nas eleições gerais de 2010, foram 42 postulantes, 60% do total. Os padres são em número muito menor: um nas eleições atuais, contra cinco há 4 anos.

Na campanha atual, há ainda sete bispos e duas bispas (contra três no pleito passado). Também foram encontrados três missionárias e dois missionários em 2014, para, respectivamente, três mulheres e três homens que se apresentaram com esses títulos em 2010.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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