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Número 2 do MEC é demitido por Weintraub, que prepara volta de "olavistas"

Enquanto ainda era secretário executivo, Ricardo Machado Vieira, inclusive, tentou mudar o decreto sobre alfabetização elaborado no MEC

Machado Vieira foi nomeado secretário executivo do MEC, cargo tido como número dois dos ministérios, no dia 29 de março (Linkedin/Reprodução)

Machado Vieira foi nomeado secretário executivo do MEC, cargo tido como número dois dos ministérios, no dia 29 de março (Linkedin/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de abril de 2019 às 09h39.

São Paulo - O tenente brigadeiro Ricardo Machado Vieira, que havia sido colocado pelo governo no Ministério da Educação (MEC) para organizar a pasta durante o ápice da crise na gestão de Ricardo Vélez Rodríguez, foi demitido nesta quinta-feira, 18. Machado Vieira foi nomeado secretário executivo, cargo tido como número dois dos ministérios, no dia 29 de março.

Com a substituição de Vélez por Abraham Weintraub, foi dito ao militar que ele ficaria como assessor especial. Hoje, no entanto, ele foi avisado que não mais teria função no MEC. Sua exoneração já foi publicada no Diário Oficial.

Segundo o Estado apurou, Weintraub está trazendo de volta para cargos importantes os chamados "olavistas", ligados ao guru do bolsonarismo Olavo de Carvalho. Os militares sempre rivalizaram com esse grupo porque defendem uma gestão mais técnica.

Enquanto ainda era secretário executivo, o brigadeiro, inclusive, tentou mudar o decreto sobre alfabetização elaborado no MEC. Ele ouviu sugestões de especialistas de entidades como o Conselho Nacional de Educação (CNE) e tirou do documento a preferência por um método de ensinar a ler e escrever, o fônico. Educadores haviam criticado o foco em uma modalidade.

O secretário de Alfabetização, Carlos Nadalim, no entanto, ligado a Olavo e defensor do método fônico, mudou o decreto novamente.

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