Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia, durante julgamento da Ação Penal 470, conhecida como processo do mensalão (José Cruz/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 7 de novembro de 2012 às 19h43.
Brasília - As penas impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao núcleo publicitário do mensalão devem ultrapassar 70 anos. Nesta quarta-feira, os ministros retomaram a fase da dosimetria das penas para o publicitário Ramon Hollerbach, ex-sócio do operador do esquema, Marcos Valério Fernandes de Souza, já condenado a mais de 40 anos de prisão.
Por enquanto estão definidas penas totais de 25 anos de reclusão para Hollerbach. Mas os ministros ainda não concluíram a fase de dosimetria das penas que serão impostas ao publicitário. Por uma das propostas em discussão, a soma das penas poderá totalizar 30 anos e a multa de mais de R$ 2 milhões. As punições serão estabelecidas para os crimes de corrupção, evasão de dinheiro, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e peculato.
Mas o total da pena do núcleo publicitário será ainda maior. Além da conclusão da dosimetria das penas de Hollerbach, que deverá ocorrer nesta quinta-feira, ainda precisam ser fixadas punições para outro ex-sócio de Marcos Valério, Cristiano Paz. Ele foi condenado pelos crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Passadas quatro sessões dedicadas à dosimetria de penas, o tribunal sequer conseguiu estabelecer punições para 2 dos 25 condenados. Os ministros ainda precisam fixar penas para integrantes dos núcleos financeiro e político. Entre os condenados está o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, acusado pelo Ministério Público Federal de ter sido o mentor do esquema.