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Novos protestos são convocados para este sábado

Os grandes protestos iniciaram contra o aumento do preço dos transportes públicos, mas logo somaram-se reivindicações por melhorias na saúde e educação

Manifestante é visto atrás da bandeira do Brasil durante protestos contra serviços públicos em São Paulo nesta quarta-feira (Alex Almeida/Reuters)

Manifestante é visto atrás da bandeira do Brasil durante protestos contra serviços públicos em São Paulo nesta quarta-feira (Alex Almeida/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2013 às 12h05.

São Paulo - Novas manifestações foram convocadas nas redes sociais para este sábado em todo o país, apesar da proposta anunciada sexta-feira à noite pela presidente Dilma Rousseff por um grande pacto nacional para melhorar os serviços públicos.

Dilma admitiu precisar de "formas mais eficazes de combate à corrupção", em um comunicado à nação em rede nacional após protestos que levaram mais de um milhão de pessoas às ruas.

Os grandes protestos iniciaram contra o aumento do preço dos transportes públicos, mas logo somaram-se reivindicações por melhorias na saúde e educação, e contra a corrupção e os milionários gastos públicos com a Copa das Confederações e a Copa do Mundo de 2014.

Em Belo Horizonte, a terceira maior cidade do Brasil, uma manifestação foi convocada em frente ao estádio do Mineirão, que receberá a partida pela Copa das Confederações entre Japão e México. "A Copa para quem?", questionava os organizadores.

A cidade prometeu um forte esquema de segurança.


Em Salvador também foi marcado um protesto coincidindo com a partida entre Brasil e Itália, embora não esteja nos planos uma ida até o estádio.

Outros protestos foram organizados em 12 cidades, incluindo Brasília e São Paulo, contra a Proposta de Emenda Constitucional 37/2011, a PEC 37, que prevê acabar com o poder de investigação do Ministério Público.

Em meio às manifestações, e ao perceber que esta questão também é levantada pelos manifestantes, que veem nesta restrição dos poderes do Ministério Público um meio para os corruptos permanecerem impunes, o Congresso decidiu na semana passada adiar essa votação. "Nós não queremos o adiamento, queremos o arquivamento", proclama a chamada.

Nas redes sociais começaram as reações ao discurso à nação da presidente Dilma, que prometeu trabalhar por melhores serviços e ouvir a voz das ruas. Uma das imagens postadas e replicadas era a de um homem quase dormindo: "Minha cara enquanto a Dilma fala", dizia a legenda. Outros, no entanto, elogiaram a declaração da presidente, denunciando a corrupção e reconhecendo como legítima as reivindicações dos manifestantes.

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