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Novo presidente da Embratur quer trazer Disney e Universal para o Brasil

Além disso, Machado Neto quer transforar a autarquia em agência para o desenvolvimento do turismo

Machado Neto: para trazer os parques para o País, presidente afirmou que vai manter contatos para firmar parcerias com a iniciativa privada (Isac Nóbrega /PR/Divulgação)

Machado Neto: para trazer os parques para o País, presidente afirmou que vai manter contatos para firmar parcerias com a iniciativa privada (Isac Nóbrega /PR/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 30 de maio de 2019 às 08h44.

Última atualização em 30 de maio de 2019 às 09h24.

O empresário Gilson Machado Neto tomou posse da presidência do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) em solenidade na noite desta quarta-feira (29), em Brasília. A posse, na sede do próprio órgão, contou com a presença do presidente da República Jair Bolsonaro e do ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio.

Machado Neto deixou a Secretaria de Ecoturismo e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente. Antes da posse de Jair Bolsonaro, o empresário coordenou a temática do turismo na equipe de transição governamental.

O novo presidente da Embratur quer transforar a autarquia em agência para o desenvolvimento do turismo. "Para tanto, temos que ouvir as secretarias de Turismo de estados e municípios, os trades [investidores] de turismo nacional e internacional, o Parlamento e, principalmente, nosso excelente quadro de técnicos que temos na Embratur", disse.

A Embratur vai procurar formar parcerias com a iniciativa privada para promover o destino do Brasil no exterior e para incrementar a oferta de opções de turismo e lazer. "Nós sabemos as dificuldades financeiras que atravessamos, vamos buscar fontes de renda alternativas de captação de recursos com parceiros internacionais para um trabalho de promoção mais amplo do nosso turismo", disse. "Nessa gestão serão convidados a participar todos os stakeholders [público estratégico] dessa cadeia produtiva e desenvolvedora".

Machado Neto disse que a Embratur vai manter contatos para firmar parcerias com a iniciativa privada e trazer para o Brasil alguns dos principais parques que estão espalhados pelo mundo, como a Disney e a Universal, ambos dos Estados Unidos, e outros que fazem sucesso no Japão, na Inglaterra, na Costa Rica e em Dubai.

Novos segmentos de turismo

O presidente da Embratur também advoga o maior uso dos aeroportos regionais e a adoção de estratégias para ocupar a rede hoteleira, que atualmente tem 50% dos leitos desocupados. Além disso, o ele pretende explorar novos segmentos como turismo de contemplação, ecoturismo náutico, pesca esportiva, turismo de cruzeiro; turismo de estudo militar, turismo religioso, e a dinamização de oferta de opções para pessoas aposentadas fazerem turismo interno.

"Vamos em época de crise e contingência usar alternativas inteligentes e de baixo custo para fomentar o turismo no exterior, valorizando imediatamente o trade interno que é nossa base de sustentação econômica", disse.

O Plano Nacional de Turismo prevê o aumento de 60 milhões para 100 milhões de brasileiros viajando internamente e a recepção de 12 milhões de estrangeiros até 2022 - atualmente o número é de 6,6 milhões.

No total, o Brasil tem uma receita de US$ 6 bilhões com turistas estrangeiros e os brasileiros gastam US$ 19 bilhões no exterior, déficit de US$ 13 bilhões. O país é a 11ª economia em turismo no mundo, e é considerado como o maior destino em biodiversidade e o oitavo destino em diversidade cultural.

Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro elogiou o novo titular da Embratur. "Estamos ousando com o Gilson. Uma pessoa de palavra fácil, fala a linguagem do povo. Não é apenas sanfoneiro, o seu currículo, a sua vivência e sua vontade de trabalhar superam qualquer dificuldade que por ventura ele possua", declarou o presidente.

Bolsonaro também defendeu investimentos em projetos para alavancar o turismo nacional, área que definiu como setor "com menor investimento trará receita para o nosso país". Ele citou, como exemplo, a implantação de um pólo de turismo na baía de Angra dos Reis (RJ), em um estilo semelhante a Cancún, no México. O presidente aventou a possibilidade de rever a definição da área como estação ecológica, demarcação que, segundo ele, impede atualmente o desenvolvimento de um projeto como este na região.

"Por que não podemos ter uma ´Cancun´ na baía de Angra? O que nos atrapalhar a perseguir este objetivo? A questão ambiental. A região está simplesmente esquecida porque via decreto demarcou-se estação ecológica. Um decreto a gente estuda, se tem amparo jurídico, vamos mudar. E estação ecológica é canetada minha", disse.

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