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Novo ministro da Aviação quer privatizar mais aeroportos

Em janeiro, seu antecessor Wagner Bittencourt afirmara que novas concessões estavam fora de cogitação


	O novo ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, após cerimônia de posse
 (Valter Campanato/ABr)

O novo ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, após cerimônia de posse (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2013 às 11h17.

Brasília - O governo federal deve realizar novas concessões de grandes aeroportos à iniciativa privada.

O novo ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, afirmou ontem ao ‘Estado’ ser favorável a mais concessões de terminais às empresas e consórcios privados, sinalizando uma ruptura com a ordem anterior, que era terminar as privatizações com os leilões de Galeão (RJ) e Confins (MG), previstos para o fim deste ano.

"Fizemos três primeiras concessões (Viracopos, Guarulhos e Brasília), depois o governo colocou o pé no freio para analisar os resultados, acertar os eventuais erros, e só então anunciou as duas concessões mais recentes. Agora devemos ter mais, porque há mercado para isso", afirmou Moreira Franco, que assumiu a SAC no sábado.

Em janeiro, seu antecessor Wagner Bittencourt afirmara que novas concessões estavam fora de cogitação.

De acordo com o novo ministro da Aviação Civil, fundos de pensões e empresas do setor de seguro devem ser motivadas pelo governo a participar dos leilões dos terminais.

Além disso, a SAC deve promover uma espécie de "road show" - um conjunto de seminários - para trazer ao Brasil operadores internacionais de aeroportos e discutir práticas de gestão.

"Vamos aplicar R$ 7,4 bilhões para viabilizar 270 aeroportos regionais, então é natural que precisamos com isso qualificar uma quantidade imensa de trabalhadores do setor aeroportuário para uma nova fase, onde a demanda dos passageiros será ainda maior, e a malha será expandida", disse o ministro.

Em dezembro, o governo lançou um pacote para estimular a aviação regional, que, além dos investimentos na renovação de 270 pequenos terminais, terá também R$ 1 bilhão em subsídios para estimular companhias a fazer essas rotas regionais.

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