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Novo governo receberá BNDES ágil e com recursos em caixa, diz ministro

Presidente do banco afirmou que a economia brasileira passa por uma nova realidade retomando investimentos

BNDES: mudanças de processos, agilização das linhas de crédito e criação de novos produtos estão em projeto (Pilar Olivares/Reuters)

BNDES: mudanças de processos, agilização das linhas de crédito e criação de novos produtos estão em projeto (Pilar Olivares/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 27 de setembro de 2018 às 21h35.

O próximo presidente da República receberá o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mais ágil e adequado às características atuais da economia. Segundo o presidente do banco, Dyogo Oliveira, a instituição vem passando por mudanças internas que ficarão como legado positivo ao novo governo.

"O BNDES estará, ao final deste ano, preparado para conviver com a nova realidade da economia brasileira. Uma economia que tem juros baixos e que está retomando o investimento. O BNDES está se preparando, inclusive internamente, com mudanças de processos, agilização das linhas de crédito, criação de vários novos produtos, mais adequados para cada tipo de empresa. Esse é o BNDES que será deixado de legado para o próximo presidente, com capacidade financeira, com recursos em caixa, com capacidade de emprestar e agilidade para fazer as suas operações", disse Dyogo.

O ministro participou de evento, nesta quinta-feira (27), na sede do banco, no centro do Rio, quando foram anunciadas linhas de financiamento para energias renováveis, principalmente eólica e solar, no valor total de R$ 2,2 bilhões, sendo R$ 228 milhões provenientes do Fundo Nacional sobre Mudanças Climáticas.

Participaram do lançamento o presidente Michel Temer, os ministros do Meio Ambiente, Edson Duarte; do Planejamento, Esteves Pedro Colnago; e de Minas e Energia, Moreira Franco; além do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e do prefeito, Marcelo Crivella.

Em seu discurso, o presidente Temer ressaltou a importância da energia renovável para o país e citou avanços ambientais em seu governo. Ele lembrou também sua passagem pela Assembleia-Geral da ONU, no início da semana.

Pessoas físicas

O presidente do banco explicou que os recursos se dividem em duas linhas, já disponíveis nas agências bancárias. "Uma mais voltada às empresas, com recursos do BNDES. E outra mais voltada às famílias e às microempresas, com recursos do fundo do clima. As linhas estão disponíveis na rede bancária. No caso da linha para empresas, já está operacional em toda a rede bancária. A outra linha, para as pessoas físicas e jurídicas, nos bancos públicos", disse Dyogo.

A linha de crédito do fundo do clima oferecerá uma redução da taxa de juros e será oferecida a pessoas físicas e empresas. A taxa será de 4% anuais para quem tem renda anual de até R$ 90 mil e de 4,5% para quem tem renda maior. Haverá carência de três a 24 meses, com prazo de amortização de até 12 anos. Os financiamentos serão concretizados via Caixa, por meio de suas 5 mil agências espalhadas pelo país.

Painéis solares

A expectativa do governo é chegar à instalação de 18 mil painéis solares fotovoltaicos, principalmente em pequenas propriedades nas zonas rurais, a um custo entre R$ 15 mil a R$ 25 mil cada, além de projetos de energia eólica.

A linha principal do BNDES, para fontes renováveis, com dotação inicial de R$ 2 bilhões, por meio do Finame, é dirigida especialmente para condomínios, cooperativas, empresas e produtores rurais, com prazo de pagamento em até 120 meses e carência de até 24 meses. A contratação estará disponível online.

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