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Novo Datafolha reforça: 2018 é a eleição das pesquisas

O pragmatismo dos investidores aponta para o mesmo lado das pesquisas. Mas ainda faltam nove dias para os eleitores irem às urnas.

 (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2018 às 06h31.

Última atualização em 28 de setembro de 2018 às 10h22.

A divulgação de uma nova pesquisa Datafolha, nesta sexta-feira, reforça uma novidade desta campanha eleitoral: os eleitores, analistas e candidatos nunca tiveram tantos levantamentos quanto em 2018.

Uma mudança nas regras de financiamento de campanha nas eleições deste ano fez com que um novo grupo de empresas enxergasse oportunidade de estrear no mercado de pesquisas. O resultado é um terreno mais povoado que nas eleições anteriores. Nos últimos dias, instituições como o banco BTG, as financeiras XP e Genial e o site jornalístico Datapoder360 divulgaram seus próprios levantamentos, que competem com de instituições mais tradicionais, como o Ibope (que divulgou duas pesquisas num intervalo de três dias) e o Datafolha.

Os levantamentos seguem metodologias diferentes. Ibope e Datafolha vão a campo com entrevistas presenciais, enquanto as novatas tendem a se valer de entrevistas por telefone, num modelo mais comum nos Estados Unidos. Em artigo recente, o site Jota afirmou que a diferença de metodologia faz com que o BTG tenha viés positivo de 4 pontos para Jair Bolsonaro (PSL), enquanto o Datapoder360 dê em média 3 pontos a mais para Fernando Haddad (PT). De qualquer forma, os institutos têm apontado para a mesma direção: um provável segundo turno entre Bolsonaro e Haddad e uma dificuldade crescente de Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede).

Segundo o G1, os partidos do Centrão definiram o final desta semana — que coincide com o Datafolha de hoje — como o prazo para tirar o pé da candidatura de Alckmin e embarcar discretamente numa aliança com Bolsonaro já visando o segundo turno. Alckmin e sua equipe esperam que os ataques crescentes a Bolsonaro se convertam em votos favoráveis, e também torcem por uma subida de Haddad, o que na teoria pode assustar o eleitor anti-PT a preferir um candidato com mais chances no segundo turno. Ciro Gomes também tem defendido sua competitividade no segundo turno como argumento para conquista de votos.

A má notícia, para Alckmin e Ciro, é que uma espécie de bolsa paralela dos candidatos feita pelos operadores do mercado financeiro rebaixou suas ações nos últimos dias — os papeis de Alckmin chegaram a cair 90%. O pragmatismo dos investidores aponta para o mesmo lado das pesquisas. Mas ainda faltam nove dias para os eleitores irem às urnas.

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