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Novo comandante-geral das UPPs não tolerará má conduta

Frederico Caldas disse que iniciará um processo mais rigoroso de controle dos policias para apostar no respeito aos moradores das comunidades


	Policiais em comunidade carioca: Frederico Caldas diz que ainda que vai abrir uma sindicância para apurar a morte do jovem Laércio Hilário da Luz, de 17 anos
 (Tânia Rêgo/ABr/Agência Brasil)

Policiais em comunidade carioca: Frederico Caldas diz que ainda que vai abrir uma sindicância para apurar a morte do jovem Laércio Hilário da Luz, de 17 anos (Tânia Rêgo/ABr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 16h26.

Rio de Janeiro – O novo comandante-geral das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), coronel Frederico Caldas, disse hoje (14) que não irá tolerar desvios de conduta por parte dos policiais. Caldas informou que vai apostar no controle do comportamento dos agentes e no respeito aos moradores das comunidades pacificadas.

"Vamos iniciar um processo mais rigoroso de controle dos policiais. Eu quero que o meu policial seja gentil no trato com a população", disse o coronel, ressaltando que a Rocinha e o Complexo do Alemão são os principais desafios.

"A Rocinha, com a questão do desaparecimento do Amarildo, e o Alemão, com a questão do AfroReggae, são problemáticas. Nós estamos muito empenhados em resolver. Não podemos permitir que esse poder paralelo instale o caos nas UPPs".

O ajudante de pedreiro Amarildo Dias de Souza está desaparecido desde o dia 14 de julho, após ser levado por policiais militares para averiguação na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha. A sede do grupo AfroReggae no Complexo do Alemão foi incendiada no dia 16 de julho. Outra unidade, localizada na Vila Cruzeiro, vizinha ao Complexo do Alemão e também ocupada pela polícia, foi alvejada por tiros, no último dia 1º.

O novo comandante-geral disse ainda que vai abrir uma sindicância para apurar a morte do jovem Laércio Hilário da Luz, de 17 anos. Moradores do Parque Proletário, no Complexo da Penha, atearam fogo na noite de ontem (13) em três ônibus em protesto contra a morte do rapaz, encontrado em cima da laje de uma casa da comunidade. Os moradores responsabilizam a polícia pela morte de Laércio.

"Nós reforçamos todo o efetivo policial na região e vamos abrir uma sindicância que vai colher depoimentos de moradores e parentes da vítima para podermos avaliar melhor este caso, mesmo sem um registro oficial que relate qualquer tipo de abordagem dos policiais ao Laércio", disse.

O comandante descartou que o jovem tenha sido vítima de violência física. "Os resultados preliminares da perícia indicaram que não houve nenhum tipo de lesão corporal, e nem de que o corpo de Laércio tenha sido levado para a laje da casa onde foi encontrado. Não houve nenhum vestígio de sangue nas imediações do local, o que aponta que o corpo não foi arrastado ou até mesmo levado para o andar de cima da casa", informou.

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