José Maria Marin, presidente da CBF, já foi governador biônico no Estado de São Paulo (Rafael Ribeiro/CBF)
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2012 às 13h42.
São Paulo - Com a renúncia de Ricardo Teixeira ao cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, de 79 anos, assume definitivamente a entidade. Marin fica também com o outro cargo que Teixeira acumulava - a coordenação do Comitê Organizador Local (COL) da Copa de 2014. Marin já exercia a presidência da CBF desde a semana passada, quando Teixeira pediu afastamento por motivos de saúde.
O novo chefe da CBF e do COL é conhecido por várias razões. Uma dos episódios mais polêmicos em que ele se envolveu aconteceu no início deste ano, na premiação dos campeões da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Marin estava no local da entrega de medalhas aos jogadores do Corinthians, time vencedor da competição, e foi flagrado por câmeras de emissoras de televisão colocando uma das medalhas no bolso (veja vídeo abaixo).
Depois do ocorrido, Marin concedeu entrevista à colunista da Folha de S. Paulo Mônica Bergamo. Em sua defesa, disse que recebeu a medalha como "cortesia" da Federação Paulista de Futebol. Segundo ele, o gesto de colocar o prêmio no bolso, ainda que discreto, foi feito em público, sinal de que não havia nada de irregular em receber o agrado.
Nascido em São Paulo em 1932, o advogado José Maria Marin tem no currículo experiências como jogador de futebol, dirigente esportivo e político. Antes de atuar fora dos gramados, ele jogou no São Paulo Futebol Clube, time pelo qual torce até hoje, entre 1950 e 1952.
Nos anos 1960, foi vereador em São Paulo e chegou a presidir a Câmara Municipal em 1969. Na década seguinte, foi deputado estadual e vice-governador do estado, quando Paulo Maluf foi nomeado para o governo pelo regime militar. Entre 1982 e 1983, assumiu como governador biônico substituindo Maluf, que deixou o cargo para se candidatar a deputado federal.
Marin foi presidente da Federação Paulista de Futebol nos anos 1980 e no começo da década passada tentou novamente a vida política. Candidatou-se a prefeito em São Paulo em 2000 e a senador em 2002, mas não conseguiu votação expressiva em nenhuma das tentativas.