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Nove militares que atiraram em músico têm prisão preventiva decretada

Justiça Militar considerou que grupo descumpriu regras de abordagem; agentes devem responder por homicídio doloso e tentativa de homicídio

Enterro: músico morto em ataque de militares é enterrado nesta quarta (10) (Sergio Moraes/Reuters)

Enterro: músico morto em ataque de militares é enterrado nesta quarta (10) (Sergio Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de abril de 2019 às 16h54.

Rio de Janeiro - Nove dos dez militares presos em flagrante na ação que resultou na morte do músico Evaldo Rosa dos Santos tiveram suas prisões convertidas para preventiva na tarde desta quarta-feira, 10. Eles passaram por audiência de custódia junto à Justiça Militar, que considerou que o grupo descumpriu "regras de engajamento" (abordagem).

Segundo o Ministério Público Militar, "em tese" eles deverão responder por homicídio doloso e tentativa de homicídio. Tiveram as prisões em flagrante convertidas para preventiva o segundo-tenente Ítalo da Silva Nunes Romualdo, o terceiro-sargento Fabio Henrique Souza Braz da Silva e os soldados Gabriel Christian Honorato, Matheus Santanna Claudino, Marlon Conceição da Silva, João Lucas da Costa Gonçalo, Leonardo Oliveira de Souza, Gabriel da Silva de Barros Lins e Vitor Borges de Oliveira. O soldado Leonardo Delfino Costa, que alegou não ter atirado, foi solto.

Os dez foram presos administrativamente por descumprirem regras e procedimentos na abordagem que vitimou Evaldo. A audiência de custódia desta quarta teve por finalidade analisar apenas a legalidade dessa prisão - o inquérito que irá apontar os culpados pela morte corre em paralelo. Apesar disso, o procurador de Justiça Militar Luciano Gorrilhas afirmou que, em tese, eles responderão por homicídio doloso e tentativa de homicídio.

Também investigados, o cabo Paulo Henrique Araújo Leite e o soldado Wilian Patrick Pinto Nascimento não foram detidos. Eles apenas dirigiam os veículos dos militares. A audiência desta quarta foi presidida pela juíza federal substituta da Justiça Militar da União (JMU) Mariana Queiroz Aquino Campos, da 1.ª Auditoria do Rio de Janeiro.

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