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Nova manhã de protestos deixa sete capitais sem ônibus

Protestos promovidos pelas centrais sindicais, por melhores condições de trabalho, deixou nesta sexta pelo menos sete cidades sem ônibus e bloqueou estradas


	Sindicalistas da Central Única de Trabalhadores (CUT): o "Dia Nacional de Manifestação e Luta" é uma continuação dos protestos organizados em 11 de julho
 (Valter Campanato/ABr)

Sindicalistas da Central Única de Trabalhadores (CUT): o "Dia Nacional de Manifestação e Luta" é uma continuação dos protestos organizados em 11 de julho (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2013 às 12h27.

Rio de Janeiro - O novo dia de protestos promovido pelas centrais sindicais para reivindicar melhoras nas condições de trabalho deixou nesta sexta-feira temporariamente sem ônibus públicos a pelo menos sete cidades capitais e bloqueou estradas, informaram fontes sindicais.

O "Dia Nacional de Manifestação e Luta" é uma continuação da jornada de protestos organizada pelas mesmas centrais sindicais em 11 de julho, quando houve marchas e diversos atos, mas não paralisações de empresas.

A nova jornada de protestos foi convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pela Força Sindical, e recebeu o apoio da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), da Nova Central Sindical e da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas).

Ao contrário dos protestos por melhores serviços públicos e contra a corrupção de junho, as manifestações sindicais tem uma pauta específica.

As principais reivindicações dos sindicatos são a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, a modificação de uma lei que reduz as pensões dos que se aposentam cedo e o pedido para que se arquive um projeto de lei que permita às empresas ampliar o número de trabalhadores tercerizados.

Alguns sindicatos também reivindicam medidas para reduzir a inflação, que consideram a principal preocupação dos trabalhadores atualmente, e exigem maiores investimentos públicos em educação, saúde e transporte.


A jornada de lutas, no entanto, divide os próprios sindicalistas entre os que pedem apoio à presidente Dilma Rousseff e os que acusam o governo de não atender às reivindicações dos trabalhadores.

A nova jornada de protestos começou nesta sexta-feira com a paralisação das linhas de ônibus em pelo menos sete capitais, mas o serviço se normalizou na maioria das cidades ao longo da manhã.

Também foram registrados bloqueios de importantes vias nos estados da Bahia, Ceará e Maranhão, e o fechamento de estradas de São Paulo e Minas Gerais.

Vários grupos de manifestantes, a maioria de funcionários de fábricas de automóveis, bloquearam os acessos ao litoral de São Paulo, incluindo ao Porto de Santos, assim como a estrada entre Belo Horizonte e Betim - cidade onde fica a principal fábrica da Fiat no país.

Os bancos de várias cidades abriram suas agências com pelo menos uma hora de atraso devido à adesão dos funcionários do setor financeiro à mobilização.

A Força Sindical prevê para esta sexta-feira atos em 23 dos 27 estados do Brasil, sendo os principais uma concentração de trabalhadores no centro de São Paulo e uma manifestação à tarde no centro do Rio.

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