Brasil

Nova fase da Lava Jato leva tesoureiro do PT para depor

Policiais cumpriram mandado de busca e apreensão na casa de João Vaccari Neto em São Paulo. O tesoureiro do PT foi alvo de um mandado de condução coercitiva.


	Tesoureiro do PT, João Vaccari Neto
 (Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil)

Tesoureiro do PT, João Vaccari Neto (Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 5 de fevereiro de 2015 às 08h38.

São Paulo – O tesoureiro do PT João Vaccari Neto foi levado para depor nesta quinta-feira, no âmbito de uma nova fase da Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção envolvendo a Petrobras.

De acordo com a TV Globo, os policiais cumpriram mandado de busca e apreensão na casa de Vaccari Neto em São Paulo. O tesoureiro do PT foi alvo de um mandado de condução coercitiva, quando a pessoa é liberada após prestar depoimento.

A Polícia Federal deflagrou hoje uma nova fase da Operação Lava Jato. No total são cumpridos 62 mandados judiciais - um de prisão preventiva, três de temporária, 18 de condução coercitiva e 40 de busca e apreensão.

Os mandados são cumpridos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina. Os nomes dos alvos não foram divulgados.

Veja onde são cumpridos os mandados judiciais:

SP - 10 mandados de busca e 2 de condução coercitiva (todos na capital);
RJ – 12 mandados de busca, 8 de condução coercitiva e 1 de prisão preventiva (todos na capital);
BA – 2 mandados de busca e 1 de condução coercitiva (todos na capital);
SC – 16 mandados de busca, 7 de condução coercitiva e 3 de prisão nas cidades de Itajaí, Balneário Camboriú, Piçarras, Navegantes, Penha e Palmitos.

Segundo a PF, essa fase da operação é fruto da análise de documentos apreendidos anteriormente. Também contribuíram para esta nova etapa as informações fornecidas por um dos investigados, e a denúncia de uma ex-funcionária de uma das empresas investigadas no esquema, diz a PF. Esta é nona fase da operação.

Histórico

Iniciada em março deste ano, a Operação Lava Jato investiga esquema de lavagem e desvios de dinheiro. Dentre os primeiros presos na ação estão o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

Os dois fizeram acordo de delação premiada com a polícia, e estão colaborando com as investigações. Paulo Roberto Costa citou 28 nomes de políticos que podem estar envolvidos no esquema.

Em novembro do ano passado, uma outra fase da Operação Lava Jato prendeu executivos de diversas empreiteiras do país. Eles são acusados de formação de cartel e pagamento de propina com o objetivo de conseguir vantagens em contratos com a Petrobras.

Dentre as empresas investigadas estão grandes empreiteiras como Odebrecht , Mendes Júnior, UTC Engenharia , OAS, Engevix, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia, Camargo Corrêa e Iesa.

Entenda o que já acontenceu na Operação Lava Jato

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoOperação Lava JatoPartidos políticosPetrobrasPetróleoPolícia FederalPolítica no BrasilPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Senado aprova autonomia na gestão financeira da PPSA, a estatal do pré-sal

Assassinato de delator do PCC é 'competência do estado', afirma Lewandowski

Alesp aprova proibição de celulares em escolas públicas e privadas de SP

Geração está aprendendo menos por causa do celular, diz autora do PL que proíbe aparelhos em escolas