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Ministros vão à Amazônia; Nova cirurgia de Bolsonaro; Argentina cria novas regras para câmbio

Amazônia: Começa nesta segunda-feira, viagem da comitiva ministerial que vai se reunir com os governadores da Região Amazônica (Bruno Kelly/Reuters)

Amazônia: Começa nesta segunda-feira, viagem da comitiva ministerial que vai se reunir com os governadores da Região Amazônica (Bruno Kelly/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2019 às 06h54.

Última atualização em 2 de setembro de 2019 às 07h53.

Bolsonaro em nova cirurgia

O presidente Jair Bolsonaro deve se submeter a uma nova cirurgia, informou o canal Globo News. O médico Antônio Luiz Macedo, que o operou da facada sofrida no ano passado, em Minas Gerais, declarou que a intervenção será no próximo domingo, 8, no Hospital Vila Nova Star, no Itaim Bibi, Zona Sul da capital paulista. Em sua conta do Twitter, Bolsonaro disse que ele “curtirá” dez dias de férias com os médicos em breve. O procedimento será para corrigir uma hérnia, considerada comum após os três procedimentos a que Bolsonaro foi submetido após ser esfaqueado há um ano, em Juiz de Fora (MG).

Morre Alberto Goldman

Morreu neste domingo (1º), o ex-governador de São Paulo e deputado federal Alberto Goldman. Ele estava internado desde o dia 19 no hospital Sírio Libanês, em São Paulo. O líder tucano tivera uma hemorragia durante uma operação no crânio. Ex-comunista, Goldman aderiu á social-democracia e se tornou um de seus maiores nomes no país. Nascido em 12 de outubro de 1937, em São Paulo, filho de Dora, uma dona de casa, e de um alfaiate polonês, Wolf Goldman. Seu avô paterno tinha uma pequena loja de tecidos em uma cidade da região de Lublin, no interior da Polônia – recentemente, ele viajara ao país e tentara encontrar os antigos jazigos da famílias, mas o cemitério havia sido destruído e nada sobrara da memória dos Goldman no lugar. Nem uma lápide. “Impressionante. Os nazistas levaram os vivos e os mortos também.”

Reprovação sobe para 38%

De acordo com pesquisa nacional divulgada pelo Instituto Datafolha nesta segunda-feira 2, a reprovação ao governo do presidente Jair Bolsonaro (índice de pessoas que consideram a administração ruim ou péssima) chegou a 38% um aumento percentual de cinco pontos em relação ao último levantamento divulgado pelo instituto, em julho. Uma parcela de 30% dos entrevistados classifica o governo como “regular” e 29% o consideram “bom” ou “ótimo”. O Datafolha ouviu 2.878 pessoas com mais de 16 anos em 175 municípios. Na comparação com o último levantamento do tipo, a aprovação do presidente diminuiu – dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para ou mais para menos -, de 33% em julho para 29%. Já a avaliação do governo como regular ficou estável: de 31% para 30%.

Inpe: queimadas triplicam em agosto

De acordo com dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os focos de incêndio neste mês de agosto na Amazônia foram quase o triplo do registrado no ano passado. Até este sábado (31), foram 30.901 focos de incêndio, ante 10.421 em agosto do ano passado – alta de 196%. O total também supera a média histórica para o mês, de 25.853, para o período entre 1998 e 2018. É ainda o mais alto desde agosto de 2010 – ano de seca histórica severa, que teve 45.018 focos. Os focos de queimadas estão espalhados por todo o chamado arco do desmatamento, que vai do Acre, passando por Rondônia, sul do Amazonas, norte do Mato Grosso e sudeste do Pará.

Ministros vão à Amazônia

Começa nesta segunda-feira, 02, a viagem da comitiva ministerial que vai se reunir com os governadores da Região Amazônica. Os encontros devem ocorrer em duas etapas: amanhã, em Belém, e em Manaus, na terça-feira, 03. Na última terça-feira (27), os governadores dos estados que compõem a Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) entregaram ao presidente Jair Bolsonaro propostas para um planejamento estratégico que leve ao desenvolvimento sustentável da região, entre as quais a regularização fundiária e a retomada da cooperação internacional, especialmente o Fundo Amazônia. Em nota, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que coordenará a comitiva, destacou a importância do diálogo com as autoridades locais na busca de soluções para a região. “O presidente, depois de receber aqui no Planalto os governadores da Amazônia Legal, determinou que fôssemos até lá para ouvir as demandas e, juntos, buscar soluções para as questões que envolvem a região, levando em conta a especificidade de cada estado”

China retalia novas tarifas

O governo de Donald Trump colocou em vigor tarifas adicionais de cerca de 15% sobre importações chinesas no valor de 110 bilhões de dólares. Pequim revidou imediatamente, implementando tarifas de até 10% sobre mais de 1.700 produtos norte-americanos, entre eles petróleo bruto e soja. As taxas aos artigos impostas pelos EUA atingem mais de 3.200 itens, entre eles televisores LCD, relógios e móveis. Com a mudança, quase 70% dos produtos importados da China são agora tributados pelos Estados Unidos. Os dois países afirmam estar preparados para continuar a escalada na disputa comercial, com a imposição de novas tarifas até mesmo em dezembro.

Extrema direita avança na Alemanha

A extrema direita alemã mostrou neste domingo o seu poder no leste do país, mas não chegou a desbancar os partidos estabelecidos da grande coalizão da chanceler Angela Merkel, que notoriamente se enfraqueceu. A União Democrata-Cristã (CDU), da chanceler, defendeu a sua posição de primeira força na Saxônia nas eleições regionais realizadas neste domingo, algo que o Partido Social-Democrata (SPD) também conseguiu em Brandeburgo, que circunda Berlim. De acordo com as projeções de voto da televisão alemã “ZDF”, às 14 horas (de Brasília), os conservadores saxãos obtiveram 33,1% dos votos – uma queda de seis pontos percentuais a respeito dos resultados nas regionais de 2014. Os social-democratas de Brandeburgo ficaram com 26,8%, cinco pontos percentuais a menos que no pleito de quatro anos atrás. O partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) não cumpriu o objetivo declarado de se tornar a primeira força, mas chegou a 28% na Saxônia e a 24,5% em Brandeburgo, o que triplica, no primeiro caso, e dobra, no segundo, os seus resultados de 2014.

Argentina: regras para câmbio

O governo do presidente Mauricio Macri determinou, em nota no Diário Oficial neste domingo, mudanças nos prazos e regulações para que os exportadores liquidem seus dólares obtidos nas transações com o exterior. Além disso, afirmou que, até 31 de dezembro, o montante recebido com a exportação de bens e serviços deverá entrar no país e/ou ser negociado no mercado cambial “nas condições que estabeleça o Banco Central da República Argentina” (BCRA). O BCRA definirá as diretrizes para o acesso ao mercado de câmbios para a compra de moeda estrangeira e metais preciosos. Além disso, as transferências ao exterior exigirão autorização prévia, diz a nota oficial. O governo argentino informa que essa autorização levará em conta questões objetivas, em função das condições vigentes no mercado cambial e distinguindo as pessoas físicas das empresas.

Dorian atinge Bahamas

O furacão Dorian atingiu o norte das Bahamas neste domingo, 1º, com chuvas torrenciais e ventos de cerca de 300 km/h, um furacão de potência sem precedentes na história deste arquipélago, localizado entre a Flórida, Cuba e o Haiti. O furacão de categoria 5, classificado como “catastrófico” pelo Centro Nacional de Furacões (NHC) dos EUA, tocou a terra ao meio-dia no horário local na ilha Elbow, que faz parte das Ilhas Ábaco, no noroeste das Bahamas, um arquipélago formado por 700 ilhotas. “Estamos enfrentando um furacão (…) como nunca vimos antes na história das Bahamas”, disse Hubert Minnis, primeiro-ministro do arquipélago, que começou a chorar durante a entrevista coletiva, “Provavelmente, é o dia mais triste da minha vida”, acrescentou.

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