Brasil

Nova cédula de R$ 100 é a mais falsificada

De janeiro a julho deste ano, foi apreendida uma nota falsa dessas para cada 4.446 originais em circulação

Pelos números, quem recebe uma nota nova de R$ 100 tem duas vezes mais probabilidade de receber uma falsa que o sujeito que receber os mesmos R$ 100 com uma das antigas (Zolotov/Wikimedia Commons)

Pelos números, quem recebe uma nota nova de R$ 100 tem duas vezes mais probabilidade de receber uma falsa que o sujeito que receber os mesmos R$ 100 com uma das antigas (Zolotov/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2011 às 10h09.

São Paulo - Lançadas no fim do ano passado, as novas cédulas de R$ 100 foram cuidadosamente desenvolvidas por anos pelo Banco Central e pela Casa da Moeda com um único objetivo: atrapalhar a ação de falsificadores. Mas, ao contrário dos planos das autoridades, as novas cédulas são proporcionalmente mais falsificadas do que as antigas, que estão nas carteiras dos brasileiros desde 1994.

Números do próprio Banco Central revelam que a cédula mais falsificada no Brasil atualmente é a nova de R$ 100. De janeiro a julho deste ano, foi apreendida uma nota falsa dessas para cada 4.446 originais em circulação. A possibilidade de encontrar esta nota falsa é mais que o dobro do registrado entre as antigas de R$ 100: uma ruim para cada 8.983 boas. Ou seja: pelos números, quem recebe uma nota nova de R$ 100 tem duas vezes mais probabilidade de receber uma falsa que o sujeito que receber os mesmos R$ 100 com uma das antigas. Em fenômeno idêntico, proporcionalmente é mais fácil encontrar uma nova nota falsa de R$ 50 do que entre as antigas.

Responsável pelo dinheiro em circulação no Brasil, o chefe do departamento do meio circulante do Banco Central, João Sidney de Figueiredo, não demonstra muita surpresa com os números e diz que a proporção de falsificações sempre é maior quando as cédulas começam a circular. "Essa ocorrência maior na segunda família do real também aconteceu quando lançamos a cédula de R$ 20. Ela também era muito falsificada no começo porque os criminosos viam uma oportunidade, já que as pessoas ainda não estavam habituadas com o dinheiro novo. Sem saber como é a verdadeira, algumas pessoas acabam recebendo a falsa."

Desde o lançamento das novas cédulas, o Banco Central tem se esforçado em ensinar como reconhecer o dinheiro: as cédulas novas têm tamanhos diferentes, faixa holográfica, imagens que se completam na contraluz e marcas d’água com o valor da cédula e o desenho do animal impresso - no caso dos R$ 100, uma garoupa. Para Figueiredo, a própria popularização das cédulas será o principal inimigo do trabalho dos falsificadores. "Normalmente, após um ano os casos caem bastante porque muitas pessoas já conhecem o dinheiro." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:MoedasReal

Mais de Brasil

Haddad: pacote de medidas de corte de gastos está pronto e será divulgado nesta semana

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula