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Nossas instituições devem ser honradas, diz Gilmar ao criticar Bolsonaro

Sem citar o caso nominalmente, Gilmar Mendes criticou o presidente por compartilhar vídeos de convocação para protestos anti-Congresso

STF: Bolsonaro recebeu diversas críticas após compartilhar vídeos sobre protestos anti-Congresso (Adriano Machado/Reuters)

STF: Bolsonaro recebeu diversas críticas após compartilhar vídeos sobre protestos anti-Congresso (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de fevereiro de 2020 às 13h49.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2020 às 13h54.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou nesta quarta-feira, 26, que as instituições brasileiras devem ser "honradas por aqueles aos quais incumbe guardá-las". Na terça, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que o presidente Jair Bolsonaro compartilhou, pelo WhatsApp, vídeos de convocação para protestos de teor anti-Congresso Nacional.

Sem citar o caso nominalmente, o ministro do Supremo afirma que a "harmonia e o respeito" entre os Poderes são pilares do Estado democrático de Direito. "Independentemente dos governantes de hoje ou de amanhã", afirma.

"A CF88 (Constituição Federal de 88) garantiu o nosso maior período de estabilidade democrática. A harmonia e o respeito mútuo entre os Poderes são pilares do Estado de Direito, independentemente dos governantes de hoje ou de amanhã. Nossas instituições devem ser honradas por aqueles aos quais incumbe guardá-las", escreveu Gilmar Mendes.

O vídeo compartilhado por Bolsonaro exibe a facada que o então candidato à Presidência sofreu em Juiz de Fora (MG) em setembro de 2018, para dizer que o presidente "quase morreu" para defender o País e que agora precisa "que as pessoas vão às ruas para defendê-lo". A mensagem que acompanha o vídeo afirma: "- 15 de março/Gen Heleno/Cap Bolsonaro/O Brasil é nosso, não dos políticos de sempre".

Mais cedo, Bolsonaro respondeu às manifestações contrárias à divulgação do vídeo afirmando se tratar de "troca de mensagens de cunho pessoal, de forma reservada". "Qualquer ilação fora desse contexto são tentativas rasteiras de tumultuar a República", afirmou.

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