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'Nossa relação com Dilma é positiva', diz embaixador

Thomas Shannon afirmou que o governo dos EUA não tem nenhuma informação sobre os supostos planos de Dilma na época da ditadura militar

Vazamento do WikiLeaks mostra os EUA suspeitam de atividades de Dilma na ditadura (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

Vazamento do WikiLeaks mostra os EUA suspeitam de atividades de Dilma na ditadura (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2010 às 16h35.

São Paulo - O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, disse hoje que seu país tem uma relação "positiva e de longo prazo" com a presidente eleita, Dilma Rousseff. Ao visitar nesta manhã a sede da Ordem dos Advogados do Brasil - seccional São Paulo (OAB-SP), Shannon citou várias ocasiões em que Dilma visitou os Estados Unidos como secretária de Energia do Rio Grande do Sul nos anos 90 e como ministra de Minas e Energia e da Casa Civil no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele negou que os Estados Unidos possuam qualquer tipo de informação sobre a participação de Dilma em ações terroristas durante o regime militar, conforme divulgou o site WikiLeaks.

Na edição de hoje, o jornal Folha de S.Paulo publica que o WikiLeaks teve acesso a telegrama confidencial de 2005 da diplomacia dos Estados Unidos que afirma que Dilma "organizou três assaltos a bancos" e "planejou o legendário assalto popularmente conhecido como 'roubo ao cofre do Adhemar' durante o regime militar.

"Como eu falei ontem, o governo dos Estados Unidos não tem informação alguma sobre essas informações", disse Shannon. "É importante indicar que a nossa relação com a presidente eleita é positiva e de longo prazo." De acordo com ele, após a eleição de Dilma, ela já foi convidada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para visitar a Casa Branca. "Essa série de experiências com ela mostra claramente nossa confiança nela e as relações excelentes que temos com a presidente eleita."

Shannon também fez comentários sobre a entrevista concedida na semana passada por Dilma ao jornal Washington Post. Para ele, a entrevista foi "excelente" e foi muito bem-recebida por Washington. Nela, a presidente eleita afirmou que se sentia desconfortável, como mulher, com a violação de direitos humanos no Irã e a condenação à morte por apedrejamento de Sakineh Ashtiani.

"A entrevista mostra a habilidade de Dilma de separar uma política com o Irã e o problema de direitos humanos que existe no país. Isso é muito importante e mostra uma área em que muitos países e organizações não-governamentais querem aprofundar e construir um espaço em que podemos colaborar de maneira importante", afirmou o embaixador dos Estados Unidos no Brasil.

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