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Em dia de paralisação, Bolsonaro desembarca nos EUA e se encontra com Bush

Em cinco meses de governo, essa é a segunda vez que o presidente viaja aos Estados Unidos

EUA: Bolsonaro deve ficar dois dias em viagem ao país de Donald Trump (Marcos Corrêa/PR/Divulgação)

EUA: Bolsonaro deve ficar dois dias em viagem ao país de Donald Trump (Marcos Corrêa/PR/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 15 de maio de 2019 às 12h08.

Última atualização em 15 de maio de 2019 às 12h29.

Estados Unidos — O presidente Jair Bolsonaro desembarca nesta quarta-feira (15) em Dallas, no Texas, para uma visita oficial de dois dias. É a segunda vez que Bolsonaro viaja aos Estados Unidos (EUA) em cinco meses de governo. No dia 19 de março, ele se reuniu com o presidente Donald Trump na Casa Branca, em Washington.

Dessa vez, Bolsonaro está sendo acompanhado por uma comitiva de cinco ministros: Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Paulo Guedes (Economia), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Santos Cruz (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).

Além deles, os governadores do Acre, Gladson Cameli (PP), e de São Paulo, João Doria (PSDB), também acompanham o presidente da República.

Ainda compõem a comitiva brasileira os deputados Hélio Lopes (PSL-RJ), Marco Feliciano (Pode-SP), o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e o secretário-executivo da Casa Civil, José Vicente Santini.

Na tarde desta quarta-feira (15), Bolsonaro terá uma reunião privada com o ex-presidente norte-americano George W. Bush, que governou os Estados Unidos entre 2001 e 2009. De acordo com o Palácio do Planalto, será uma visita de cortesia.

Além de Bush, o presidente brasileiro pode se encontrar com o governador do Texas, Greg Abbot, o prefeito de Dallas, Mike Rawlings, e o senador texano Ted Cruz. As reuniões, no entanto, não haviam sido confirmadas pelo governo brasileiro até a noite de terça-feira (14).

Na quinta-feira (16), Bolsonaro será homenageado como personalidade do ano pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, em almoço organizado pelo World Affairs Council de Dallas/Fort Worth, que contará com a presença de 120 empresários norte-americanos.

A homenagem deveria ter sido entregue em Nova York, nesta terça-feira (14), quando aconteceu o jantar de gala da Câmara, mas devido a diversos protestos, Bolsonaro cancelou sua viagem ao estado americano.

A premiação foi alvo de críticas de ativistas dos direitos humanos e também de políticos americanos, como o prefeito de NY, Bill de Blasio, e do senador Brad Hoylman, ambos democratas.

Empresas que patrocinariam o evento, como a companhia aérea Delta Airlines, a consultoria Bain & Company e o jornal Financial Times, cancelaram o financiamento.

Os protestos questionam as declarações homofóbicas de Bolsonaro ao longo de sua carreira, assim como suas posições em relação às comunidades indígena e negra e as medidas na área do meio ambiente propostas por seu governo.

No mesmo dia, Bolsonaro concederá uma entrevista ao World Affairs Council de Dallas/Fort Worth e termina o dia fazendo uma transmissão ao vivo em sua página no Facebook.

O embarque de volta será na noite de quinta. A previsão é que a comitiva presidencial desembarque de volta em solo brasileiro na manhã de sexta-feira (17).

Críticas

A visita do presidente Bolsonaro acontece no mesmo dia em que o país está tomado por manifestações contra cortes na educação anunciados pelo Ministério da Educação.

Além disso, membros da oposição criticaram o fato de o presidente ir, pela segunda vez aos Estados Unidos, sem ainda ter visitado a região nordeste durante sua gestão.

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