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Noronha voltará a receber turistas – mas só os que já tiveram a covid-19

Depois de meses fechado, o arquipélago vai permitir a entrada de turistas que comprovarem que já tiveram o coronavírus e estão curados

Arquipélago de Fernando de Noronha: a entrada de turistas estava proibida desde março (Andras Jancsik/Getty Images)

Arquipélago de Fernando de Noronha: a entrada de turistas estava proibida desde março (Andras Jancsik/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 30 de agosto de 2020 às 16h27.

Última atualização em 30 de agosto de 2020 às 16h27.

O arquipélago de Fernando de Noronha decidiu apostar em uma nova estratégia para combater o coronavírus: somente turistas que já tiveram covid-19 e se recuperaram terão permissão para entrar no local famoso pela abundante vida marinha e praias paradisíacas.

A decisão do arquipélago, que depende economicamente do turismo e tem cerca de 3.100 residentes permanentes, reflete as formas peculiares com que autoridades estão tentando retornar à normalidade, enquanto os novos casos de covid-19 e as mortes se estabilizam em muitas partes do mundo.

Há um debate significativo sobre o nível e a duração da imunidade que os pacientes com coronavírus desenvolvem após uma primeira infecção. Há casos relatados de reinfecção, inclusive no Brasil. No entanto, esses casos são relativamente raros.

As novas regras entram em vigor em 1º de setembro. Por enquanto, turistas não são permitidos nas ilhas.

“Não há transmissão comunitária na ilha há um bom tempo. E nós assim precisamos manter”, disse André Longo, secretário de Saúde do Estado de Pernambuco. “É óbvio que esse passo que vai ser dado busca a segurança e reativação das atividades econômicas no arquipélago”.

Fernando de Noronha registrou até o momento 93 casos confirmados do vírus e nenhuma morte. O arquipélago proibiu o turismo a partir de março, e por um período de abril a junho, mesmo os residentes que estavam no continente não foram autorizados a retornar.

O Brasil está entre as nações mais atingidas pela pandemia de coronavírus, com mais de 120.000 mortes e 3,8 milhões de casos confirmados até a noite de sábado. No entanto, novos casos e mortes começaram a se estabilizar nas últimas semanas.

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