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Nomes escolhidos para equipe de transição devem indicar perfil de ministérios de Lula

Equipe será coordenada por Geraldo Alckmin, que deve assumir alguma pasta em 2023

Esplanada dos ministérios em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

Esplanada dos ministérios em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2022 às 06h00.

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve indicar os integrantes da equipe de transição de governo ao longo desta semana. O grupo será composto por pelo menos 50 nomes, entre políticos e técnicos, e coordenado por Geraldo Alckmin (PSB), que assumiu o cargo na semana passada.

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Os ministros do governo Lula não precisam ser escolhidos entre os nomes da equipe de transição, mas, mesmo que não sejam, as indicações devem sinalizar o perfil dos próximos ministérios. Lideranças do PT têm deixado claro que as pastas não serão comandadas apenas por nomes da esquerda tradicional. 

Na semana passada, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que Lula ainda não havia definido os ministérios. Segundo ela, a indicação de Alckmin para coordenar a equipe de transição não significa que ele será ministro -- embora, nos bastidores, o vice-presidente eleito seja visto como escolha certa para algum cargo no primeiro escalão do novo governo.

O Ministério da Economia será “desmembrado” a partir de 2023, mas nenhum nome foi confirmado até agora para ocupar os ministérios do Planejamento ou da Fazenda. Gleisi ou o ex-ministro Aloizio Mercadante podem vir a assumir a primeira pasta.

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Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, já foi citado como opção para a Fazenda, mas negou que tenha sido convidado. Outras alternativas seriam o governador da Bahia, Rui Costa, ou o senador Wellington Dias, do Piauí.

O senador Jean Paul Prates (PT-RN), que atua na área de óleo e gás há mais de 40 anos, tem sido mencionado como possível presidente da Petrobras ou ministro de Minas e Energia. Ainda na economia, o atual secretário da Fazenda de São Paulo, Felipe Salto, poderia ser indicado para a Secretaria do Tesouro Nacional. 

Após ter sido derrotado por Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) na disputa pelo governo de São Paulo, em outubro, o ex-prefeito Fernando Haddad deve comandar algum ministério no próximo governo. Ele já foi ministro da Educação. Outra ex-ministra que pode voltar à Esplanada é Marina Silva, no Meio Ambiente. 

O novo governo também deve colocar algum ministério nas mãos da senadora Simone Tebet (MDB-MS), que ficou em terceiro lugar na disputa pela Presidência da República este ano e fez campanha para Lula no segundo turno. É possível que ela assuma a Agricultura.

Lula tem reunião nesta segunda-feira, 7, para discutir os nomes para a equipe de transição e as medidas que podem ser adotadas para garantir o pagamento do Auxílio Brasil (que deve voltar a se chamar Bolsa Família) e o financiamento de outros programas. O encontro será no hotel Grand Mercure, em São Paulo (SP), a partir das 10h.

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