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Nomear investigados é erro previsível, diz líder do PPS

Para Bueno, o momento político é grave, não permite que erros sejam cometidos e a nomeação de investigados "é um erro para lá de previsível"

Rubens Bueno: para o deputado, o momento político é grave, não permite que erros sejam cometidos e a nomeação de investigados "é um erro para lá de previsível" (Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)

Rubens Bueno: para o deputado, o momento político é grave, não permite que erros sejam cometidos e a nomeação de investigados "é um erro para lá de previsível" (Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2016 às 14h30.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2018 às 17h33.

Brasília - O líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), reagiu nesta quarta-feira, 4, à sinalização do vice-presidente Michel Temer de que pode vir a nomear ao seu eventual governo políticos investigados na Operação Lava Jato.

Para Bueno, o momento político é grave, não permite que erros sejam cometidos e a nomeação de investigados "é um erro para lá de previsível".

"Investigado na Operação Lava Jato não pode virar ministro. É uma questão lógica e até de precaução. E também de coerência, já que nós, da oposição, sempre defendemos que ministros investigados no atual governo deixassem o cargo. Esse mesmo posicionamento precisa valer para um provável governo de Michel Temer. Ou seja, quem é alvo de inquérito ou foi denunciado pelo Ministério Público na Lava Jato deve se concentrar na sua defesa e não no comando de um ministério", defendeu Bueno, por meio de nota.

Em entrevista à GloboNews na terça-feira, Temer disse que "investigação ainda é o que é, investigação".

"Não sei se isso é fator impeditivo de uma eventual nomeação. Estou examinando esse aspecto ainda, não defini nada", declarou Temer.

Bueno disse que, no atual momento de crise política no País, um eventual governo Temer não pode indicar nomes para seu ministério "envoltos em desconfiança".

Na avaliação do deputado, a sociedade continua atenta aos desdobramentos políticos e não aceitará "esse tipo de prática".

"Queremos um governo de transição eficiente e isso não será possível se ele for construído com base no fisiologismo e no toma-lá-dá-cá. Esse filme nós já assistimos com o PT e não queremos reprise", comentou.

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