Guilherme Schelb: perfil do procurador é visto como mais conservador e mais alinhado às propostas de tornar as escolas lugares apartidários por Bolsonaro durante sua campanha (Geraldo Magela)
Estadão Conteúdo
Publicado em 22 de novembro de 2018 às 14h48.
Última atualização em 22 de novembro de 2018 às 14h57.
Brasília - O nome do procurador regional da República do Distrito Federal Guilherme Schelb para assumir o Ministério da Educação agrada a deputados da bancada evangélica.
Os parlamentares estiveram na quarta-feira, 21, reunidos com o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para reclamar da sugestão do educador Mozart Neves, do Instituto Ayrton Senna, para assumir a pasta. "Mozart é alinhado com a esquerda", afirmou o deputado Sóstenes Cavalcanti (DEM-RJ). "Levamos nossa insatisfação a Bolsonaro. Temos o direito", afirmou.
A divulgação do nome de Mozart na imprensa na quarta causou alvoroço entre os deputados que participavam de um culto realizado pela manhã. De lá, o grupo de deputados resolveu se reunir com a equipe de Bolsonaro para levar o posicionamento da frente.
Na próxima terça-feira, os deputados da bancada têm uma nova reunião agendada com Onyx para conversar sobre o ministério. "Queremos somar. Não queremos indicar", disse Marco Feliciano (PSC-RJ). Para Feliciano, Schelb é um bom nome, com experiência para assumir o cargo.
O deputado João Campos (PRB-GO) não quis comentar sobre nomes, mas disse que as ideias de Bolsonaro para Educação estão alinhadas com às da bancada. Campos lançou na quarta oficialmente sua disputa à presidência da Câmara, após a desistência do colega de partido, Celso Russomano.
Schelb é abertamente defensor do projeto Escola Sem Partido e já se posicionou favorável ao tema em comissão especial sobre o assunto em 2017. Ele também afirma ser contra "discussão de gênero" nas escolas.