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No último programa em Salvador, Pelegrino cita aliados

O petista reforçou a tese de que é necessário para o prefeito da cidade estar "alinhado" com outras esferas de poder para ter acesso a mais recursos para investimentos


	Nelson Pelegrino: a divisão do tempo na propaganda eleitoral foi definida após o PDT anunciar, na tarde desta terça-feira, o apoio a Pelegrino
 (Divulgação)

Nelson Pelegrino: a divisão do tempo na propaganda eleitoral foi definida após o PDT anunciar, na tarde desta terça-feira, o apoio a Pelegrino (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2012 às 23h39.

Salvador - O último programa eleitoral do primeiro turno dos prefeituráveis de Salvador foi marcado pelo reforço das táticas empregadas pelos candidatos ao longo da campanha.

O programa foi aberto pelo petista Nelson Pelegrino, que enumerou discursos de colegas de partido - entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff, o governador baiano, Jaques Wagner, e o senador Walter Pinheiro -, de familiares, amigos e de beneficiários de programas sociais diversos dos governos federais e estaduais, para reforçar a tese de que é necessário para o prefeito da cidade estar "alinhado" com outras esferas de poder para ter acesso a mais recursos para investimentos.

Seu principal adversário na disputa, de acordo com as pesquisas de intenções de voto, ACM Neto (DEM), foi o último do programa de hoje e usou a tese inversa. Além disso, acusou o PT de fazer chantagem eleitoral com sua estratégia. Em depoimento, disse que as verbas para a cidade são "garantidas por lei". "Ninguém tem o direito de ameaçar você (eleitor) com essa chantagem", disse. "O dinheiro não é de um partido, é do cidadão."

Neto, que havia iniciado a campanha com mais de 20% de vantagem para os outros candidatos, de acordo com as pesquisas, também reclamou dos ataques sofridos durante os programas da propaganda eleitoral. "Fui alvo de uma das mais violentas campanhas do Brasil", alegou.


Terceiro e quarto colocados nas pesquisas, respectivamente, Mário Kertész (PMDB) e Márcio Marinho (PRB) usaram boa parte de seus minutos no programa para tentar desqualificar os institutos de pesquisas.

Kertész lembrou de exemplos recentes de reviravoltas eleitorais na Bahia, como a primeira eleição de Jaques Wagner para o governo, em 2006 - até o dia anterior à votação, as pesquisas indicavam vitória do então governador Paulo Souto (DEM) no primeiro turno. "Pesquisa é uma coisa, urna é outra", argumentou.

De acordo com a mais recente pesquisa Ibope na cidade, registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número 000236/2012, divulgada no dia 27, Pelegrino tem 34% de intenções de voto, em empate técnico com ACM Neto, que tem 31%. Mário Kertész (PMDB) aparece com 7%, Márcio Marinho (PRB) com 4%, Hamilton Assis (Psol) com 2%, e Rogério da Luz (PRTB) com 1%. Segundo o instituto, 15% dos entrevistados declararam voto em branco ou nulo, enquanto 6% se disseram indecisos.

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