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No Rio, manifestantes ocupam sede da Jardim Botânico

Manifestantes exigiam "providências imediatas do governo federal para a permanência da comunidade, que se encontra ameaçada de remoção"


	Parque do Jardim Botânico, no bairro carioca homônimo
 (Fernando Lemos/Veja Rio)

Parque do Jardim Botânico, no bairro carioca homônimo (Fernando Lemos/Veja Rio)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2014 às 20h42.

Rio - Cerca de 30 manifestantes ocuparam nesta sexta-feira, 8, a sede da administração do Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio, na zona sul da cidade, entre 11h30 e 18h. 

Houve princípio de confusão no início da ocupação e a presidente do Jardim Botânico, Samyra Crespo, precisou deixar o prédio escoltada.

Os manifestantes, entre eles moradores do Horto, exigiam "providências imediatas do governo federal para a permanência da comunidade, que se encontra ameaçada de remoção".

"Não houve diálogo e a presidente saiu pelos fundos, escoltada por três policiais federais. Estamos tentando negociar porque a situação do Horto tem de avançar na regularização fundiária. O governo tinha sinalizado que iria retomar o projeto, mas não tomou nenhuma atitude", disse Clara Belato, que não mora no Horto, mas integra o Movimento Nacional de Luta pela Moradia.

Procurada, a presidente do Jardim Botânico informou que não iria comentar a ocupação.

A comunidade do Horto, segundo os manifestantes, conta hoje com 621 famílias de baixa renda.

"Os moradores propõe a retomada do Plano de Regularização Fundiária elaborado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ, por meio de convênio com a Secretaria do Patrimônio da União, que prevê a manutenção das moradias e a preservação ambiental, evitando os gastos públicos envolvidos no processo de remoção e mantendo a história de 200 anos da comunidade", informaram os manifestantes em comunicado.

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