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No PI, R$ 500 mil são apreendidos e 27 são presos

Segundo o Ministério Público Eleitoral, dinheiro seria usado para compra de votos


	Dinheiro: quantia apreendida ficará acautelada e depois à disposição da União
 (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

Dinheiro: quantia apreendida ficará acautelada e depois à disposição da União (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2014 às 21h18.

Teresina - O Ministério Público Eleitoral no Piauí informou 32 ocorrências e a apreensão de mais de R$ 340 mil, dinheiro que, segundo o Procurador Regional Eleitoral, Kelston Lages, seria usado para compra de votos. Vinte e sete pessoas foram presas. Ele revelou que o dinheiro foi acautelado e, tanto os portadores que foram presos, quanto os beneficiários do crime eleitoral serão responsabilizados em inquérito que segue.

Kelston Lages afirmou que a rede de controle e fiscalização funcionou para coibir a ação dos candidatos que insistem em buscar a corrupção eleitoral através da compra de votos e abuso de poder econômico e de poder político.

O procurador ainda citou os R$ 180 mil apreendidos com o motorista do senador Wellington Dias (PT), em Barreiras (BA), que tem o inquérito em fase de conclusão. "Vamos dar sequência com os trâmites que o caso requer.", afirmou Keslton Lages.

Segundo ele, todos os processos ainda vão avançar, porque têm ações na esfera criminal e na esfera civil. "Isso pode resultar ainda nas sanções de prisão com pena de reclusão e na esfera eleitoral as penas serão a cassação do registro, do diploma ou do mandato para quem foi beneficiado com a prática fraudulenta.", frisou o procurador.

"Depois os candidatos reclamam que a eleição tem terceiro turno, vai para o tapetão, mas as policias e as instituições funcionaram para coibir estes atos criminosos. As investigações continuam", afirmou Kelston Lages.

Representação

Kelston Lages afirmou que vai representar judicialmente contra todos os presos por corrupção eleitoral e contra os candidatos supostamente beneficiados com a ação criminosa.

De acordo com o procurador, os inquéritos ainda vão ser concluídos e os responsabilizados pela fraude eleitoral ainda prestarão depoimentos à polícia e responderão ao processos criminal, cível e eleitoral.

"Em regra está vinculado quem pratica a ação e quem se beneficia com ela. E vamos, com a conclusão do inquérito, representar contra todos.", assegurou Kelston Lages, dizendo que em cada inquérito será individualizada a responsabilidade e o beneficiário.

Dinheiro

O dinheiro apreendido, segundo Lages, ficará acautelado e depois à disposição da União, assim como o dinheiro pago nas fianças estipuladas para cada um dos presos. O dinheiro movimentado na corrupção eleitoral no Piauí, segundo o MPE, incluindo as fianças pagas, ultrapassam R$ 600 mil.

Segundo o procurador, o dinheiro pago nas fianças dos presos na prática de crime eleitoral deve ser revertido em um fundo penitenciário, que pode ser utilizado na construção e melhoramento de presídios.

O dinheiro apreendido não tem uma destinação certa. Por enquanto, está depositado em conta da Justiça Federal, e, se as pessoas com quem o dinheiro foi apreendido não conseguirem comprovar a origem e o destino das quantias apreendidas, irá para União.

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