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No meio do muro, Brasil pode apoiar EUA contra China, diz WSJ

Segundo reportagem do Wall Street Journal, Brasil pode se tornar um aliado dos Estados Unidos na Guerra Cambial

A presidente Dilma Rousseff deve apoiar os EUA, ao invés da China, diz WSJ (Sergio Dutti/Veja)

A presidente Dilma Rousseff deve apoiar os EUA, ao invés da China, diz WSJ (Sergio Dutti/Veja)

Diogo Max

Diogo Max

Publicado em 4 de janeiro de 2011 às 07h54.

São Paulo - Na Guerra Cambial, o Brasil pode se tornar um aliado dos EUA e passar a ver a China - seu maior parceiro comercial atualmente - como uma espécie de inimigo. A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo Wall Street Journal (WSJ), um dos periódicos mais influentes no mundo.

Segundo a reportagem, que cita o novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, o governo da presidente Dilma Rousseff deve apoiar os esforços da equipe econômica do seu colega Barack Obama, que pede ao governo chinês pela valorização do iuane, ainda hoje desvalorizado artificialmente.

“Recentemente, as autoridades brasileiras dirigiram suas observações mais severas para os EUA, que está imprimindo dólares para diminuir as taxas de juro de longo prazo, e poupando a China, um mercado de exportação de commodities cada vez mais importante para o Brasil. Mas isso pode estar mudando”, diz o texto.

O Wall Street Journal levanta a hipótese de que o Brasil está no meio do muro, ora criticando a política monetária dos EUA, ora respaldando Washington em suas críticas a Pequim. “O Brasil tem peso econômico no conflito”, ressalta a reportagem.

O texto também lembra que a China está “faminta” por matérias-primas brasileiras, tanto que ultrapassou os EUA como maior parceiro comercial do Brasil. Por outro lado, lembra o jornal, as companhias chinesas querem entrar no mercado brasileiro, especialmente o da indústria de petróleo.

No entanto, a reportagem do Wall Street Journal lembra ainda o lado dos produtores nacionais, prejudicados com a valorização do real, ante um iuane desvalorizado artificialmente. “Uma moeda forte prejudica os exportadores e torna mais difícil para os fabricantes nacionais  competir com as importações mais baratas da China”, recorda o texto.

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