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No horário eleitoral, candidatos repetem cenas do debate

Marqueteiros apostaram no horário eleitoral para colocar em evidência os momentos de melhor desempenho dos seus candidatos


	Candidatos à presidência no debate eleitoral da Band
 (REUTERS/Paulo Whitaker)

Candidatos à presidência no debate eleitoral da Band (REUTERS/Paulo Whitaker)

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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2014 às 22h32.

Brasília - Os principais candidatos à Presidência da República usaram seus programas no horário eleitoral gratuito desta noite para exibir imagens do debate da Rede Bandeirantes, na noite de terça-feira, 26.

Como o debate começou depois das 22 horas, horário de baixa audiência, os marqueteiros apostam na repercussão da imprensa e principalmente no horário eleitoral gratuito para colocar em evidência os momentos de melhor desempenho dos seus candidatos.

A campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff repetiu a gravação veiculada nesta tarde, em que a petista, no debate, elenca investimentos do governo federal, diz que a União e os Estados não podem continuar atuando de forma fragmentada na área de segurança pública e alega que sua administração criou as condições para que o Brasil entre em um "novo ciclo de desenvolvimento".

Sem citar nomes, os apresentadores do programa da petista afirmam no início da propaganda que os adversários de Dilma não deixaram claro, no debate, o que querem fazer se forem eleitos nem como pretendem cumprir suas promessas.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou de fora do programa eleitoral de Dilma, assim como ocorreu nesta tarde.

Segunda colocada nas pesquisas de intenção de voto, a candidata do PSB, Marina Silva, voltou a exibir imagens de famílias acompanhando o debate de anteontem.

Foram selecionados trechos em que a ex-ministra critica a alta da inflação e o baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), diz que tem disposição para governar "com os melhores" e argumenta que a polarização entre o PT e o PSDB "já deu o que tinha que dar".

A cada fala de Marina, o programa eleitoral do PSB exibiu cenas de famílias assistindo ao debate em suas casas e elogiando as respostas da ex-ministra.

O comitê da campanha de Aécio Neves (PSDB), por sua vez, selecionou passagens em que o tucano, no debate, afirma que o "sonho de consumo do eleitor é morar na propaganda do PT" e diz que a população não consegue comprar bens pelo mesmo preço que pagava há seis meses.

Propostas

A campanha dilmista dedicou a inserção de cerca de 11 minutos para a saúde, uma das áreas com pior avaliação pela população.

Na propaganda, Dilma promete lançar o Mais Especialidades, o programa que terá por objetivo criar em todas as regiões do País clínicas especializadas para o atendimento médico da população.

Depois da entrada de Marina na corrida presidencial, os aliados de Dilma têm cobrado o comando geral da campanha a explorar menos as realizações das administrações petistas nos últimos 12 anos e adotar um tom mais propositivo.

Nesse sentido, a presidente e candidata à reeleição encerra a peça desta noite garantindo que apresentará nos próximos programas mais propostas para a saúde e também de uma reforma federativa para tratar das responsabilidades dos entes federados.

Já a campanha de Aécio Neves abriu o programa mais uma vez com o tucano se apresentando ao eleitorado.

Os marqueteiros destacaram a atuação de Aécio como presidente da Câmara dos Deputados e ressaltaram que ele liderou a aprovação de uma lei que acabou com a imunidade de políticos para crimes comuns.

Também foi colocada em destaque a gestão do tucano no governo de Minas Gerais. A propaganda afirma que Aécio enfrentou com sucesso a "grave situação financeira" na qual o Estado se encontrava, reduziu o número de secretarias, eliminou cargos comissionados e cortou o próprio salário.

"Aécio terminou seu segundo governo com 92% de aprovação", diz o narrador do programa da campanha tucana.

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