Última festa foi no réveillon de 2019 para 2020. (Marcelo Pereira/SECOM/Reprodução)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 30 de outubro de 2021 às 12h37.
No último boletim divulgado pela prefeitura de São Paulo, na sexta-feira, 29, a cidade tem 100% da população imunizada contra a covid-19 com pelo menos a primeira dose, e 93,6% totalmente vacinada, sendo duas doses ou dose única. Há 197 pessoas internadas em leitos de UTI, com o coronavírus, número bem distante do pico, em abril deste ano, quando chegou a ter 500 novas internações por dia.
Neste contexto, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) diz que não há elementos para barrar a festa de réveillon na Avenida Paulista ou o carnaval de 2022.
“A vacina mudou o contexto da pandemia na cidade de São Paulo e está salvando a economia. Dentro do quadro que temos hoje, não teria motivos para não ter o réveillon e o carnaval em São Paulo. Estamos caminhando a cada dia que passa para números mais confortáveis”, disse o prefeito em entrevista à EXAME.
A prefeitura de São Paulo já começou os preparativos para a realização do carnaval de rua em 2022, mas a realização ainda depende da avaliação da Secretaria da Saúde e da Vigilância Sanitária. A previsão é ter mais de 500 blocos e uma movimentação de 15 milhões de pessoas. A venda de ingressos para o desfile das escolas de samba começou no último dia 20 de outubro.
Pela primeira vez, a cidade fez um modelo matemático para ter uma estimativa de público, baseado na quantidade de pessoas por metro quadrado. Isso ajuda a estabelecer uma série de regras e planejamento, que ainda estão em fase de definição. Há uma tendência para que tenha controle de acesso. O mesmo deve ocorrer com o réveillon na Avenida Paulista, que costuma reunir cerca de 2 milhões de pessoas.
A prefeitura de São Paulo vai decidir no dia 10 de novembro se libera a obrigatoriedade do uso de máscara na cidade. Em entrevista à EXAME, o prefeito Ricardo Nunes disse que aguarda um estudo realizado pela Secretaria Municipal de Saúde para tomar a decisão.
“Os técnicos me deram o prazo de 10 de novembro. Daqui até lá vamos monitorar. O estudo é feito com 15.622 pessoas, é um volume bastante grande para nos dar assertividade na decisão. Pode ser que no dia 10 eles falem que a máscara continua ou não. O que eles me trouxerem, eu vou decidir, independentemente de popularidade. Não vou tomar atitude para agradar, mas para preservar as pessoas”, afirmou Nunes.