Brasil

Niterói decreta estado de emergência na rede de saúde

“O decreto é fruto de um diagnóstico que fizemos esses dias, em que vimos um quadro grave de desassistência à saúde da cidade", avaliou o secretário municipal de Saúde


	De acordo com o prefeito Rodrigo Neves, o decreto "é uma resposta planejada da prefeitura no sentido de restabelecer a assistência de saúde à população"
 (Marcos Santos/USP IMagens)

De acordo com o prefeito Rodrigo Neves, o decreto "é uma resposta planejada da prefeitura no sentido de restabelecer a assistência de saúde à população" (Marcos Santos/USP IMagens)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2013 às 20h27.

Rio de Janeiro - O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PT), decretou hoje (24) estado de emergência na saúde do município, com o objetivo de reverter a crise na rede hospitalar da cidade. Com a decisão, foi criado um gabinete de crise, coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com as secretarias de Governo, Conservação e Serviços Públicos, Fazenda, além da Niterói Transportes e Trânsito (NiTrans) e Empresa de Obras Públicas (Emusa). O decreto terá validade de 90 dias, e poderá ser prorrogado pelo mesmo período ou revogado, caso a situação da rede saúde do município melhore.

“O decreto é fruto de um diagnóstico que fizemos esses dias, em que vimos um quadro grave de desassistência à saúde da cidade, com degradação do patrimônio de várias unidades de saúde, graves problemas na área de recursos humanos, falta de equipamentos básicos nas unidades de urgência e emergência. Várias unidades foram fechadas, como as emergências do Hospital Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, fechado há um ano e dois meses, e do Hospital Antonio Pedro”, avaliou o secretário municipal de Saúde, Chico D'Ângelo. A assinatura do decreto ocorreu na unidade de emergência Mário Monteiro.

No início de janeiro, a emergência pediátrica do Hospital Getúlio Vargas Filho foi reaberta e está funcionando como um hospital de campanha. Em 20 dias, já foram atendidas cerca de três mil crianças.

“Na unidade Mário Monteiro, o raio-x estava sem funcionar, assim como o elevador. Não havia equipamentos básicos para atender pacientes mais graves, como o respirador, e hoje temos dois aparelhos funcionando. Evidente que isso é um cenário muito específico, mas a situação da rede como um todo estava muito grave. Na emergência do Getulinho, com a ajuda do secretário de estado, Sérgio Côrtes, e do governador nós pudemos atender as crianças que estavam desassistidas”, acrescentou o secretário.

De acordo com o prefeito Rodrigo Neves, o decreto "é uma resposta planejada da prefeitura no sentido de restabelecer a assistência de saúde à população, o abastecimento nas unidades, viabilizar a contratação de profissionais de saúde e recuperar fisicamente as unidades. A saúde de Niterói está na UTI e nosso objetivo é reverter rapidamente essa situação”.

Segundo a prefeitura, nove unidades básicas de saúde serão reformadas, além da requalificação das unidades Policlínica do Largo da Batalha e Mário Monteiro, que vão operar no modelo das Unidades de Pronto-Atendimento (UPA). Para as ampliações e reformas, está previsto repasse de R$ 20 milhões para a prefeitura e o governo federal.

Acompanhe tudo sobre:Estado do RioPrefeiturasSaúde

Mais de Brasil

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas