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Ninguém recebe ou dá dinheiro sujo com cheque nominal, diz Bolsonaro

Em entrevista, ele reafirmou que o valor de 24 mil reais destinado à primeira-dama foi para quitar uma dívida do ex-assessor com o próprio Bolsonaro

Bolsonaro: cheque nominal estava no nome da primeira-dama (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Bolsonaro: cheque nominal estava no nome da primeira-dama (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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Clara Cerioni

Publicado em 8 de dezembro de 2018 às 14h29.

Última atualização em 8 de dezembro de 2018 às 16h29.

São Paulo - O presidente eleito, Jair Bolsonaro, negou neste sábado (8) que o dinheiro recebido por sua mulher, Michelle, por meio do ex-assessor de seu filho Flávio, contém qualquer irregularidade.

"Não botei na minha conta por questão de que eu tenho dificuldade para ir em banco, andar na rua. Deixa para minha esposa. Lamento o constrangimento que ela está passando no tocante a isso, mas ninguém recebe ou dá dinheiro sujo com cheque nominal, meu Deus do céu", afirmou o presidente.

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Ele falou à imprensa após participar de uma cerimônia da Marinha, no Rio de Janeiro.

Segundo o presidente eleito, as movimentações do policial militar Fabiano Queiroz são um indício a ser analisado pela Justiça.

“Eu espero que esse processo, uma vez instaurado, ele se explique. Nada além disso”, disse o presidente eleito após formatura de oficiais na Escola Naval do Rio de Janeiro.

Bolsonaro evitou defender o ex-assessor, mas afirmou que a detecção de movimentação atípica pelo Coaf não configura por si só uma ilegalidade.

Ele reafirmou ainda que o valor de 24 mil reais destinado à primeira-dama foi para quitar uma dívida de 40 mil reais do ex-assessor com o próprio Bolsonaro.

Nessa semana, uma reportagem do jornal O Estado de S.Paulo revelou que o Coaf havia identificado uma movimentação atípica em uma conta de Queiroz, de R$ 1,2 milhão.

O documento que revela a movimentação foi anexado pelo Ministério Público Federal (MPF) à investigação que criou a Operação Furna da Onça. Realizada em novembro, a operação da Polícia Federal prendeu dez deputados estaduais da Alerj.

Flávio Bolsonaro não é alvo direto da Operação Furna da Onça. Mas, a pedido da Polícia Federal, todos os deputados da Alerj tiveram suas contas bancárias esmiuçadas.

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