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"Ninguém está acima de erros"’, diz Dilma sobre mensalão

O tema foi abordado pelo El País ao final de uma reportagem de três páginas baseada em uma entrevista concedida pela presidente ao jornal na semana passada, em Brasília


	"Como presidente da República, não posso me manifestar sobre as decisões do Supremo Tribunal Federal. Acato suas sentenças, não as discuto", disse Dilma Rousseff
 (Antonio Cruz/ABr)

"Como presidente da República, não posso me manifestar sobre as decisões do Supremo Tribunal Federal. Acato suas sentenças, não as discuto", disse Dilma Rousseff (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2012 às 07h45.

Madri - Em entrevista publicada na edição deste domingo (18) do jornal espanhol El País, a presidente Dilma Rousseff quebrou o silêncio sobre o julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal, que resultou na condenação da antiga cúpula do PT e do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

Para Dilma, a decisão da instância deve ser acatada, e não discutida. Numa frase ambígua, completou dizendo que ninguém está "acima de erros" e de "paixões humanas".

O tema foi abordado pelo El País ao final de uma reportagem de três páginas baseada em uma entrevista concedida ao jornal na semana passada, em Brasília.

O texto, intitulado "Dilma, la fuerte", fala de temas como a crise na Europa - a presidente volta a fazer críticas à austeridade em curso no continente -, sua visão da China e a receita econômica do Brasil. Aborda ainda sua luta contra a ditadura militar e seu tempo na prisão. Segundo o El País, "Dilma não tem o carisma de Lula, mas brilha por si mesma por sua eficácia e sua convicção política."

Ao final, o autor a questiona sobre o mensalão, escândalo que atingiu em cheio o governo de seu antecessor e padrinho político Luiz Inácio Lula da Silva.

"Como presidente da República, não posso me manifestar sobre as decisões do Supremo Tribunal Federal. Acato suas sentenças, não as discuto", disse. A presidente completou com a frase ambígua: "O que não significa que ninguém neste mundo de Deus esteja acima de erros e das paixões humanas". A reportagem não tenta esclarecer o sentido da declaração. 

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