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"Ninguém está acima da lei", diz Alckmin sobre prisão de Lula

A jornalistas durante o Fórum da Liberdade, o tucano avaliou que o momento "é muito triste", mas acrescentou que a justiça precisa ser feita

Geraldo Alckmin: tucano considerou que quem vai decidir sobre inelegibilidade de Lula é o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Geraldo Alckmin: tucano considerou que quem vai decidir sobre inelegibilidade de Lula é o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de abril de 2018 às 21h08.

Porto Alegre - O pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, afirmou que "ninguém está acima da lei", ao responder sobre a prisão do ex-presidente Lula. A jornalistas durante o Fórum da Liberdade, o tucano avaliou que o momento "é muito triste", mas acrescentou que a justiça precisa ser feita.

"Na vida pública, todos têm o dever de prestar contas", declarou. Mais tarde, ele foi questionado sobre a prisão do ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira. Alckmin negou que o caso possa vir a afetá-lo na disputa eleitoral e disse que o ex-diretor terá que prestar contas.

Alckmin se disse contrário a uma mudança no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) que possa levar a impedir a prisão após condenação em segunda instância. Para ele, "se a decisão de segunda instância não tiver efeito, os tribunais viram órgãos de passagem". Ele ainda ressaltou o longo período de tempo transcorrido em recursos, que podem levar à prescrição dos crimes.

Sobre a candidatura de Lula, o tucano considerou que quem vai decidir sobre sua inelegibilidade é o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Afirmou ainda que ele deve enfrentar o candidato do PT com "humildade".

Alckmin ainda se considerou hoje mais maduro do que quando disputou as eleições contra Lula em 2006. O tucano ressaltou que, na época, Lula era candidato à reeleição e que concorreu "com a caneta cheia".

O ex-governador de São Paulo, que deixou o posto para disputar a Presidência na sexta-feira, considerou que a reeleição criou um desequilíbrio porque não se exige que o cargo seja deixado por quem concorre a um segundo mandato. Alckmin teve que deixar o governo do Estado porque almeja um cargo diferente, mas seu vice, Márcio França, assumiu como governador e se manterá na cadeira enquanto concorre à reeleição.

 

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