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"Neymar está em momento difícil, mas acredito nele", diz Bolsonaro

Presidente afirma que deve ir ao amistoso entre Brasil e Catar, em Brasília, para dar "um abraço" no atacante, acusado de estupro

Bolsonaro: presidente declarou apoio a Neymar (Alan Santos/PR/Flickr)

Bolsonaro: presidente declarou apoio a Neymar (Alan Santos/PR/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de junho de 2019 às 13h21.

Última atualização em 5 de junho de 2019 às 13h24.

Aragarças — O presidente Jair Bolsonaro declarou apoio a Neymar nesta quarta-feira. O atacante da seleção brasileira é acusado de estupro por uma mulher, em crime que teria acontecido em Paris, na França, no dia 15 de maio, em um hotel de luxo da cidade. O presidente declarou também que pretende ir ao estádio Mané Garrincha, em Brasília, para acompanhar o amistoso entre Brasil e Catar, nesta quarta, para abraçá-lo.

"Hoje devo estar no jogo do Brasil, espero dar um abraço no Neymar antes do jogo. Está em num momento difícil, mas acredito nele. Neymar, hoje à noite estamos juntos", declarou o presidente em Aragarças (GO), a 380 quilômetros de Goiânia, durante o lançamento do projeto Juntos pelo Araguaia, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente.

Uma mulher registrou na sexta-feira um Boletim de Ocorrência (B.O.) acusando Neymar de estupro. O jogador publicou um vídeo no Instagram negando. "O que aconteceu foi uma relação entre um homem e uma mulher, algo que acontece entre quatro paredes, algo que acontece com todo casal", disse Neymar, em um dos trechos da publicação, que provocou a abertura de investigação contra ele por causa da divulgação de fotos íntimas da mulher que o acusa.

O amistoso desta quarta-feira servirá como uma espécie de termômetro de como está a popularidade de Neymar. A expectativa é sobre como o público tratará o atacante e como ele reagirá se for alvo de uma reação negativa.

Em abril, Neymar da Silva Santos, pai do jogador Neymar, foi recebido pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para "prestar esclarecimentos" sobre processo contra o jogador que será julgado pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

De acordo com o Ministério da Economia, o pai do jogador do Paris Saint-Germain e da seleção brasileira foi recebido inicialmente por Bolsonaro para falar sobre o processo e foi encaminhado a Guedes e ao secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, por se tratar de um tema "de natureza técnica".

Em 2015, a Receita multou o jogador em R$ 188 milhões em processo que investigava sonegação fiscal. No mesmo ano, a Justiça chegou a bloquear, a pedido do Fisco, bens do jogador neste montante.

Em entrevista ao SporTV, em fevereiro, o pai de Neymar declarou que votou em Bolsonaro nas eleições presidenciais do ano passado. Segundo o empresário, o filho não votou porque estava em Paris.

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