Brasil

Nova classe média exige serviços mais eficientes, diz Neri

Segundo ministro, nova classe média exige do Estado uma nova agenda para atendê-la em serviços eficientes

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2014 às 19h08.

Brasília - O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri, fez nesta terça-feira, 29, uma avaliação dos últimos anos na economia brasileira, durante seminário temático na Câmara dos Deputados, e afirmou que o processo de ascensão da nova classe média está consolidado.

Essa nova classe social, segundo ele, exige do Estado uma nova agenda para atendê-la em serviços eficientes. "É preciso fazer um completo redesenho das políticas públicas, que não são uma coisa pop, como o programa para sair da miséria, mas coisas mais importantes", disse. "Já avançamos muito no combate à pobreza e acho que falta a construção de uma agenda positiva. As pessoas não se identificam mais como pobre. Numa agenda positiva você usa a imagem como as pessoas se veem", afirmou.

Segundo o ministro, as manifestações de junho do ano passado sinalizaram nessa direção. Ele observou que o País enfrenta ciclos de mudanças a cada dez anos, o que deve se repetir em 2014. O ministro colocou 2007 como ano principal da última década, o que ocorreu após se colher os primeiros resultados das políticas "pop" do governo do ex-presidente Lula. "A sensação de que o futuro está chegando no País do futuro chegou em 2007, antes da crise de 2008", disse.

No entanto, Neri destaca que o momento atual "é de novas agendas e de fazer escolhas". Entre elas, ele citou o planejamento do aumento da produtividade e da massa salarial como itens essenciais de uma nova política pública, capaz de estimular a poupança das famílias. "Talvez estamos dando muito mais ênfase ao consumidor do que ao trabalhador, o produtor", disse.

Neri afirmou que o estimulador da economia nos últimos anos não foi o consumo, mas o aumento da mão de obra empregada com carteira assinada, especialmente na redução da miséria e diminuição da desigualdade do social. "O protagonista dessa evolução não foi o consumo, mas o trabalhador. A carteira de trabalho como símbolo. A ênfase no consumo não foi uma coisa que eu tinha claro para mim, porque quando a gente olha para o produtor, o aumento do salário e da carteira de trabalho é de 38% (a partir de 2004)", observou.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosClasse médiaeconomia-brasileiraPolítica no Brasil

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas