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Negociações continuam e índios permanecem na Aldeia Maracanã

O governo mantém a proposta de levar os índios que vivem no local para um hotel na região central do Rio, enquanto preparam um centro de referência indígena


	Policiais ficam de guarda na entrada do Museu do Índio: um dos representantes da Aldeia Maracanã reforçou que os índios não pretendem abrir mão da posse do imóvel e vão resistir a uma eventual invasão.
 (Vanderlei Almeida/AFP)

Policiais ficam de guarda na entrada do Museu do Índio: um dos representantes da Aldeia Maracanã reforçou que os índios não pretendem abrir mão da posse do imóvel e vão resistir a uma eventual invasão. (Vanderlei Almeida/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2013 às 17h15.

Rio de Janeiro – As negociações entre os índios da Aldeia Maracanã e a Justiça Federal continuam ao longo desta quinta-feira (21). No final da manhã, o defensor público Daniel Macedo esteve no Museu do Índio, na Zona Norte do Rio, onde conversou com cerca de cinquenta representantes indígenas integrantes de 20 etnias que vivem no lugar. Pela manhã, um carro da Polícia Militar ficou parado nas imediações, mas os policiais se aproximaram do prédio ocupado.

Segundo Macedo, o governo mantém a proposta de levar os índios que vivem no local para um hotel na região central do Rio, enquanto preparam um centro de referência indígena que, inicialmente, ficaria próximo à Quinta da Boa Vista, na Zona Norte da capital fluminense.

"Houve um recuo por parte do governo e eu acredito que isso é muito positivo, mesmo as propostas não sendo as melhores. Você imagina se um índio morre aqui nessa situação, seria muito ruim, iria repercutir internacionalmente e também iria ser muito negativo para a sociedade civil. Hoje as autoridades já poderiam ter vindo aqui e ter retirado esses índios. Isso mostra que o governo está aberto ao diálogo", disse Macedo.

No entanto, um dos representantes da Aldeia Maracanã, Afonso Apurinã, reforçou que os índios não pretendem abrir mão da posse do imóvel e vão resistir a uma eventual invasão. "Nós queremos a manutenção desse espaço. Esse lugar é histórico, faz parte da nossa cultura e da nossa vida. Não iremos deixá-lo em hipótese alguma”, afirmou Apurinã.

"Estamos aguardando uma posição dos índios. Caso eles queiram continuar, por lei, estarão cometendo uma ilegalidade e nós queremos resolver essa situação sem qualquer tipo de violência", concluiu o defensor público.

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