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Navio com 148 brasileiros deixa Líbia rumo à Grécia

Os funcionários da construtora Queiroz Galvão não tinham conseguido deixar a Líbia devido aos danos na pista do aeroporto de Benghazi

Apesar dos protestos, restaram na Líbia apenas cidadãos brasileiros que desejam permanecer no país (Marco Longari/AFP)

Apesar dos protestos, restaram na Líbia apenas cidadãos brasileiros que desejam permanecer no país (Marco Longari/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2011 às 19h13.

Rio de Janeiro - Os 148 cidadãos brasileiros que estavam na cidade líbia de Benghazi já estão a caminho da Grécia em um navio que zarpou nesta manhã e que também transporta 48 portugueses, 20 espanhóis e um tunisiano, informou o Ministério das Relações Exteriores.

Os brasileiros são funcionários da construtora Queiroz Galvão que não tinham conseguido deixar a Líbia devido aos danos na pista do aeroporto de Benghazi, cidade controlada pelos rebeldes que se opõem ao regime político do líder Muammar Kadafi. Segundo fontes do Itamaraty, após a saída da embarcação neste sábado, restaram na Líbia apenas cidadãos brasileiros que desejam permanecer no país, principalmente os que têm dupla nacionalidade e famílias líbias.

O navio de bandeira grega em que foram recolhidos os brasileiros em Benghazi, fretado pela construtora Queiroz Galvão em associação com o Governo brasileiro, deve chegar na madrugada de domingo à Grécia, onde os passageiros seguirão ao Brasil por aviões fretados. Os brasileiros que estavam em Trípoli a serviço da Petrobras e das construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez foram evacuados em diferentes voos nos últimos dois dias e em um navio que zarpou na sexta-feira rumo à ilha de Malta.

Desde o início da semana, as empresas brasileiras tentavam autorização para retirar seus funcionários da Líbia. Na quinta-feira, elas finalmente conseguiram do Governo de Muammar Kadafi permissão para o pouso de três aviões fretados em Trípoli. O primeiro dos três voos partiu da capital da Líbia na quinta-feira com destino a Malta e com 446 pessoas a bordo, entre as quais 107 funcionários brasileiros da Odebrecht e seus familiares, 4 funcionários da Petrobras com 3 familiares e 332 outros funcionários da Odebrecht de 23 diferentes nacionalidades e seus familiares.

A Odebrecht, que operava na Líbia com cerca de 3,2 mil funcionários de diferentes países, evacuou outros 900 de seus funcionários em outros dois voos e cerca de 2 mil em uma embarcação de bandeira italiana que zarpou na sexta-feira. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, cerca de 600 cidadãos brasileiros estavam registrados na Líbia, em sua maioria trabalhando para empresas do país, e até agora não há informações sobre casos de violência ou agressão contra eles.

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