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Não vejo necessidade de CPI para corrupção, diz Pepe Vargas

De acordo com o petista, os governos do ex-presidente Lula e da presidente Dilma reforçaram os órgãos que atuam no combate à corrupção


	Pepe Vargas: "o Ministério Público, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) têm condições e estão dando demonstrações claras de combate à corrupção"
 (Elza Fiuza/ABr)

Pepe Vargas: "o Ministério Público, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) têm condições e estão dando demonstrações claras de combate à corrupção" (Elza Fiuza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2015 às 18h40.

Brasília - Na esteira das denúncias que atingem a Petrobras, o ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas (PT-RS), afirmou há pouco que não vê necessidade de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar corrupção

"O Ministério Público, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) têm condições e estão dando demonstrações claras de combate à corrupção", afirmou Vargas, pouco depois da cerimônia de transmissão de cargo, realizada no Palácio do Planalto.

Ele recebeu o cargo de Ricardo Berzoini (PT-SP), que foi deslocado para a pasta das Comunicações. "Não vejo necessidade de CPI para investigar corrupção. Se tivéssemos esses órgãos sem autonomia, precisaríamos (de uma CPI). Como nada disso acontece não vejo necessidade", completou.

De acordo com o petista, os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff reforçaram os órgãos que atuam no combate à corrupção.

Para Pepe Vargas, os mecanismos de controle serão "aperfeiçoados" com a Operação Lava Jato - ação da PF que apura os desvios cometidos na Petrobras e o pagamento de propina a políticos. Segundo ele, pela primeira vez no Brasil, corruptos e corruptores serão punidos.

Vargas alegou que o trabalho da Justiça foi mais ágil e eficiente do que o da CPI montada no Congresso para investigar a Petrobras. As comissões, segundo o ministro, já não têm o mesmo resultado de antes e se tornaram instrumentos de debate político.

"As CPIs estão deixando a desejar nesse sentido. Sem CPI, só com o trabalho da PF e do MP, teríamos o mesmo resultado", disse. "A quebra de sigilo, fiscal, bancário e telefônico (pela Justiça) têm sido essencial para a formatação de provas para a gente conseguir descobrir quem está cometendo crime contra a administração pública".

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