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Não tenho cor partidária, diz Bumlai em CPI

Na CPI do BNDES da Câmara, o pecuarista José Carlos Bumlai usou sua fala no final na sessão para negar as acusações contra ele

O pecuarista José Carlos Bumlai depõe na CPI do BNDES: "tenho princípio, tenho normas, jamais me deixei levar por amizades" (Valter Campanato/ABr)

O pecuarista José Carlos Bumlai depõe na CPI do BNDES: "tenho princípio, tenho normas, jamais me deixei levar por amizades" (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2015 às 18h15.

Brasília - Após passar quase três horas sem responder às perguntas dos membros da CPI do BNDES da Câmara, o pecuarista José Carlos Bumlai usou sua fala no final na sessão para negar as acusações contra ele.

O empresário disse ter a consciência "absolutamente tranquila" de que não privilegiou ninguém em seus negócios e disse que as investigações vão mostrar que ele é inocente. Bumlai foi preso na semana passada suspeito de repassar ao PT dinheiro de empréstimo do Banco Schahin, que teria sido quitado por meio de contrato na Petrobras.

"Tenho princípio, tenho normas, jamais me deixei levar por amizades. Minha vida foi construída com trabalho, com muito suor, morando em porões, trabalhando construindo parte desse Brasil que ninguém sabe", afirmou. Ele disse que foi responsável por obras como a construção da primeira linha de metrô de São Paulo e da Praça Roosevelt, localizada no centro da capital paulista.

"Tenho minha consciência absolutamente tranquila e o tempo vai mostrar isso. Não privilegiei ninguém, não tenho cor partidária, não sou filiado a nenhum partido político", disse Bumlai. O pecuarista afirmou que tem provas, "não tenho conversa fiada". "Até meu nome mudaram. Meu nome é José Carlos Bumlai, não é 'amigo do Lula'", afirmou. Ele disse que quer ter o "prazer" de voltar um dia ao Congresso e mostrar o resultado das investigações.

O pecuarista destacou ainda que o fato de ele ter permanecido calado ao ser questionado pelos membros da CPI não significa que ele concordou com tudo que disseram. Ele voltou a ressaltar que estava disposto a responder a todas as perguntas na última terça-feira, 24, na condição de testemunha, mas, após ser preso naquele dia e passar a condição de investigado, não poderia falar.

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