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Não sou candidato a nada, diz Dória sobre eleições de 2018

Em um evento, o prefeito de SP defendeu que seu modelo de gestão está inspirando todo o país, mas que ele não será nem governador, nem presidente

Doria: o prefeito disse que o País não pode mais voltar a ter discursos populistas comovendo a população (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Doria: o prefeito disse que o País não pode mais voltar a ter discursos populistas comovendo a população (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de abril de 2017 às 13h42.

São Paulo - O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a dizer nesta terça-feira, 4, que não é candidato a nada, nem a governador e nem a presidente.

Em discurso durante a terceira edição do Summit Imobiliário, realizado pelo Grupo Estado e pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), o tucano fez um pronunciamento com fortes críticas aos governos petistas e defendeu que seu modelo de gestão está servindo de inspiração para todo o País.

Afirmando que a ação da Prefeitura está concentrada nos mais pobres, Doria disse que o País não pode mais voltar a ter discursos populistas comovendo a população.

"O Brasil não precisa de heróis salvadores", disse o tucano. Ele reforçou que é preciso união para evitar que um "demagogo populista" volte para dizer aos mais pobres que "ele voltou para salvá-los".

Falando que o Brasil precisa de gestores, o principal mote de sua campanha e da divulgação do mandato, Doria citou o padrinho político, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), e o presidente Michel Temer (PMDB).

Também reforçou que apenas Alckmin acreditou em seu projeto de ser prefeito e fez com que houvesse uma prévia no PSDB para escolher o candidato à eleição do ano passado.

Doria defendeu que há uma integração entre Prefeitura, governo do Estado e governo federal atualmente. Segundo ele, isso não aconteceria desde o primeiro mandado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Dirigindo críticas ao PT, Doria defendeu sua forma de governar buscando doações de empresas para serviços do município. "É uma forma diferente, por isso surpreende. Não foi feito anteriormente, mas não tem nada escondido, até porque não sou petista", disse.

Ao citar os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e o ex-ministro José Dirceu, fez uma referência que quer vê-los em Curitiba, onde se concentra a principal linha de investigação da Operação Lava Jato e alguns presos no processo.

Por outro lado, Doria defendeu seu antecessor, o ex-prefeito Fernando Haddad. "Dele, pessoalmente, eu gosto. Não gosto do partido dele, sobretudo Lula, Dilma, Zé Dirceu. Essa gente eu quero um dia levar chocolates para eles lá em Curitiba", declarou. Apesar do elogio a Haddad, Doria disse que o petista errou ao deixar um rombo de R$ 7,5 bilhões nas contas deste ano.

Doria divulgou que em maio vai realizar um seminário aberto a prefeitos de todo o País para apresentar o programa Corujão da Saúde, que, segundo a administração, zerou o déficit de 486 mil pessoas esperando por exames. "Agora isso é referência em todo o Brasil", disse.

O tucano destacou recente pesquisa que apontou 70% de aprovação de seu governo e falou que isso é resultado da inovação que aplicou na Prefeitura.

Também afirmou que o desempenho serve para aumentar a responsabilidade de ser um bom prefeito. Ele falou que seu ritmo de trabalho não serve para fazer proselitismo e político, mas, uma boa gestão.

Durante o discurso, Doria afirmou que o Brasil vai voltar a ter crescimento econômico em 2018. "Estamos em um ano de estabilidade com o último quadrimestre com grandes perspectivas de crescimento e 2018 será efetivamente de crescimento na economia brasileira."

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