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"Não seremos subservientes a qualquer governo", diz presidente da OAB-SP

Novo presidente da OAB-SP, Caio Augusto Silva dos Santos, diz ver com preocupação proposta para a Previdência do novo governo

Caio Augusto Silva dos Santos: novo presidente da OAB-SP (Facebook/Divulgação)

Caio Augusto Silva dos Santos: novo presidente da OAB-SP (Facebook/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de janeiro de 2019 às 13h38.

O novo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP), Caio Augusto Silva dos Santos, afirma que a instituição ficará "vigilante" e não omitirá posicionamentos durante o governo do presidente Jair Bolsonaro. "Estaremos à disposição de todos os Poderes para empunharmos juntos a defesa da democracia e da cidadania, mas jamais seremos subservientes a qualquer governo de plantão", disse Santos, em entrevista ao Broadcast Político.

O advogado vê com preocupação a reforma da Previdência a ser proposta pelo novo governo e afirma que a medida não pode afetar os mais pobres. Além disso, o novo presidente da OAB-SP critica posições defendidas por Jair Bolsonaro e pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, como o fim da progressão de pena e a possibilidade de gravar conversas entre advogados e presidiários.

Santos pede ao governo que haja espaço para diálogo e revisão de posições. "Quem não discute as possibilidades alternativas sempre erra", declarou. O dirigente da Ordem paulista diz, contudo, acreditar que os governantes eleitos em outubro terão compromissos com a sociedade, que não permitirá - de acordo com ele - retrocessos na democracia.

Na entrevista, o presidente da OAB-SP também defende uma investigação sobre as movimentações financeiras de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) ter identificado transações "atípicas" nas contas de Queiroz.

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